sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Astrônomos descobrem galáxias totalmente vermelhas



Vermelhidão galáctica
Astrônomos descobriram uma "família" de quatro galáxias absolutamente vermelhas.
Eles ainda não sabem explicar a razão dessa "vermelhidão".
"Nós tivemos que levar nossos modelos ao extremo para explicar nossas observações," afirmou Jiasheng Huang, coordenador da equipe que utilizou o Telescópio Espacial Spitzer para fazer a descoberta.
O Spitzer encontrou as galáxias vermelhas onde o Hubble havia visto apenas poeira porque ele observa o Universo na faixa do infravermelho - as galáxias super-vermelhas são 60 vezes mais brilhantes no infravermelho do que na cor mais vermelha que o Hubble consegue detectar.
As quatro galáxias formam um grupo e parecem estar fisicamente inter-relacionadas. Devido à sua enorme distância, nós as vemos como elas eram poucos bilhões de anos após o Big Bang, ou seja, quando elas ainda eram muito jovens.
Galáxias vermelhas
As galáxias podem ser vermelhas por várias razões.
Uma das possibilidades é que uma galáxia contenha muitas estrelas velhas, que são avermelhadas, mas este não parece ser o caso.
Ou elas podem ser muitíssimo "empoeiradas" - ricas em poeira interestelar.
Uma terceira possibilidade é que uma galáxia seja vermelha porque está muito distante de nós, quando então a expansão do Universo estica o comprimento de onda de sua luz, que tende para o lado vermelho do espectro.
Os cientistas acreditam que, com base nos dados dessa primeira descoberta, poderão agora encontrar outras galáxias super-vermelhas, uma vez que já sabem onde e como encontrá-las.
Nesse meio-tempo, eles pretendem levantar hipóteses para tentar explicar essa vermelhidão galáctica.


fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Sonda da Nasa investigará o que há dentro da Lua


Aprender sobre o interior da Lua é o objetivo primordial da nova missão da Nasa, chamada Laboratório de Recuperação da Gravidade e Interior (Grail, na sigla em inglês, que também significa "graal").

O lançamento está previsto para essa quinta-feira (8), às 8h37 (9h37 pelo horário de Brasília), na Base Aérea do Cabo Canaveral.

A bordo do foguete United Launch Alliance Delta 2 viajam dois satélites idênticos, projetados para revelar os altos e baixos do campo gravitacional lunar, o que dará aos cientistas pistas sobre seu interior.

Em geral, a Lua tem cerca de um sexto da gravidade da Terra, mas tal força não é distribuída de forma homogênea. Na Lua, uma montanha na verdade pode ser oca, gravitacionalmente falando.

- Às vezes a gente vê uma montanha grande e espera um sinal gravitacional forte, mas na verdade não tem nenhum sinal gravitacional (adicional), disse Sami Asmar, cientista-adjunto do projeto no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena, na Califórnia.

Da mesma forma, mapas gravitacionais das planícies lunares mostram bolsões inexplicáveis de gravidade extra, o que indica depósitos ou estruturas subterrâneas. Conhecer a estrutura interior da Lua é visto como algo crucial para remontar a história do que aconteceu por lá desde a formação do satélite, há cerca de 4,5 bilhões de anos.

Os cientistas acreditam que a Lua foi "construída" com enormes pedaços de material expelidos da Terra após uma colisão com um objeto que poderia ser tão grande quanto Marte. Além de desvendar a história lunar, os cientistas do Grail pretendem extrapolar suas conclusões para outros corpos rochosos, tanto no nosso Sistema Solar quanto eventualmente além dele.

As duas sondas farão uma lenta viagem até a Lua, chegando lá na virada do ano. Após alguns meses de manobras para entrar na órbita adequada, eles passarão 82 dias sobrevoando os polos lunares, comunicando-se por rádio.

Quando uma das sondas passar sobre uma região com gravidade maior, ela irá se acelerar momentaneamente, distanciando-se da sua "irmã". De forma análoga, regiões menos densas também afetarão a posição dos satélites. Usando as ondas de rádio como régua, alterações de apenas um mícron (um milésimo de milímetro) podem ser detectadas.

De posse dos mapas gravitacionais, os cientistas poderão usar modelos computadorizados e dados de missões anteriores para determinar se o núcleo da Lua é sólido, líquido ou uma combinação de ambas as coisas, e quais elementos ela contém.

- Na verdade acho que nos próximos cinco anos iremos reescrever os livros relacionados à nossa compreensão dos planetas rochosos, disse Maria Zuber, cientista-chefe do Grail, ligada ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês).

A United Space Alliance, fabricante do foguete que levará as sondas à Lua, é uma joint venture da Boeing com a Lockheed Martin.

Novas imagens desmentem teorias de que o homem nunca pisou na Lua




Uma nova imagem do solo lunar mostra o local do pouso das missões da agência espacial Nasa até o local.

É possível ver as pegadas dos astronautas e o rastro deixado pelo veículo lunar. No vácuo do espaço, o equipamento deixado lá está intacto até hoje.

Com a vitória na corrida espacial, a Nasa abandonou a missão Apollo, e desde 1972 nunca mais voltou à Lua.

A agência espacial americana cortou o seu programa de ônibus espaciais, mas afirma que agora quer voltar ao solo lunar.

Muitos duvidam, no entanto, que o governo americano tenha dinheiro e vontade para concretizar o projeto.

Por ora, as imagens servem pelo menos para dispersar teorias que dizem que o homem nunca chegou à Lua e que as imagens famosas de 1969 foram filmadas em um estúdio em Hollywood.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Imagens feitas por telescópio em órbita do Sol revelam detalhes do espaço








Desde que foi lançado, em 2003, o telescópio espacial Spitzer, da Nasa, agência espacial americana, tem registrado belas imagens do espaço.

Em órbita ao redor do Sol, o telescópio de R$ 1,27 bilhão (US$ 800 milhões) tem instrumentos que coletam radiação infravermelha emitida por nebulosas, estrelas e galáxias.

Entre as mais recentes imagens captadas pelo Spitzer e divulgadas pela Nasa está a da nebulosa do "anel esmeralda".

O brilho verde do anel em torno da nebulosa RCW 120, localizada a 4.300 anos-luz da Terra, não pode ser visto pelo olho humano, mas representa a luz infravermelha vinda de minúsculos grãos de poeira chamados hidrocarbonetos aromáticos policíclicos.

Em outra imagem feita pelo Spitzer, é possível ver detalhes de um berçário de estrelas localizado dentro da constelação de Órion.

Uma montagem feita com informações coletadas pelo telescópio Spitzer e pelo Galaxy Evolution Explorer também revelou três exemplos de choques entre galáxias.

Inicialmente, esperava-se que o Spitzer operasse por apenas 30 meses, já que seus instrumentos precisavam ser resfriados por hélio líquido e os cientistas acreditavam que a substância acabaria em 2006.

Na verdade, o hélio do telescópio durou até maio de 2009, quando a maior parte de seus instrumentos teve de ser desligada.

Uma câmera, no entanto, continua a operar e a registrar o universo em infravermelho.

Avião-foguete do futuro fará viagem de Paris a Tóquio em 2h30 sem poluir


m 2050, os passageiros poderão viajar a bordo de aviões-foguetes que farão o trajeto Paris-Tóquio em duas horas e meia sem poluir, já que os voos serão na estratosfera: este é um dos mais audaciosos projetos do EADS, grande grupo de aeronáutica europeu.

Desde o trágico fim do Concorde, a ideia de um avião de alta velocidade parecia abandonada, mas os construtores buscam principalmente projetar aviões mais leves, e assim consumir menos combustíveis, cujo preço disparou.

Na véspera do Salão Aeronáutico de Le Bourget (França), o construtor europeu EADS, fabricante do Airbus, apresentou o projeto ZEHST (sigla em inglês para Transporte de Alta Velocidade de Zero Emissão), um avião hipersônico - mais rápido ainda que o supersônico Concorde - de zero emissão de CO2.

"O avião do futuro é pensado como o ZEHST", explicou à agência de notícias France Presse o diretor geral de Tecnologia e Inovação do EADS, Jean Botti.

Uma maquete de 4 m deste avião, cuja forma é muito parecida com a do Concorde, será apresentada na próxima semana na cidade de Le Bourget, no grande salão mundial da aeronáutica que abre as portas nesta segunda-feira (20) aos profissionais e na quinta-feira (23) ao grande público.

Avião-foguete tem ingredientes de obra de ficção

O ZEHST tem todos os ingredientes de uma grande obra de ficção científica: os motores funcionarão com biocombustíveis à base de algas e, uma vez em altitude, a aeronave terá motores parecidos com os de foguetes, que já não funcionarão com biocombustíveis, mas com hidrogênio e oxigênio, por serem fontes "limpas e emitirem apenas vapor de água", explicou Botti.

Este avião deverá voar até os 32 km de altitude, enquanto uma aeronave tradicional não supera os 10 mil metros. Os assentos dos passageiros vão se movimentar para que não haja a impressão de estar numa montanha-russa.

A ventagem do ZEHST é que "não polui, você estará na estratosfera, a contaminação será nula", reforçou Jean Botti.

Para o pouso, o piloto desligará os motores e fará o planejamento antes de começar a descida, antes de pôr os motores clássicos para funcionar.

- A solução [ecológica] está no limite do espaço. Não é um avião, não é um foguete, é um avião-foguete comercial.

Primeira versão do ZESHT deve estar pronta em 2020

O ZESHT deverá ter capacidade para transportar de 50 a cem pessoas e por enquanto não é mais do que um esboço, mas a EADS já tem um cronograma: uma primeira versão de demostração deverá estar pronta em 2020 e entrará em serviço em 2050.

Na época, o cenário espacial e aeronáutico já terá certamente mudado, principalmente com o aumento na participação do setor por parte dos países emergentes. A EADS tem apenas 10 anos de vida, por isso é difícil fazer projeções semelhantes.

No entanto, para um porta-voz do EADS, este projeto tem boas garantias de se concretizar, porque as tecnologias necessárias já estão desenvolvidas.

Os motores de foguete já existem: Astrium, filial espacial do EADS, já está os projetando para o turismo espacial. Os combustíveis à base de algas também já estão preparados, segundo o porta-voz.

O projeto ZEHST foi criado em colaboração com o Japão e com a Direção Geral da Aviação Civil francesa.

Botti reconheceu, no entanto, que esta tecnologia deve avançar passo a passo: primeiro pensar em aviões comerciais com base nas tecnologias ecologicamente viáveis para 20 ou 25 pessoas para depois passar progressivamente para aeronaves que levem 50, 100 e 200 pessoas, capacidade média de um avião tradicional.

sábado, 16 de abril de 2011

De Olho nas Estrelas


Nesta segunda-feira, dia 18 de Abril ás 18:30 o Aldebaran com o apoio do Ceja José Walter irar realizar uma noite observação e estudo sobre o universo. Também com a palestra do Prof. de Física Jandiel Sousa. Não perca!!!
Local: Ceja José Walter

terça-feira, 12 de abril de 2011

Primeira viagem do homem ao espaço faz 50 anos

Há 50 anos, aos 27 anos de idade, Yuri Alekseievitch Gagarin se tornava o primeiro homem no espaço. Gagarin entrou para a história no dia 12 de abril de 1961, ao dar a volta na órbita da Terra em 89 minutos - o tempo total da viagem foi de 1 hora e 48 minutos - a bordo da cápsula Vostok. Ele estava sendo treinado como um cosmonauta havia 1 ano e 29 dias, mas, apenas nos dois últimos meses, soubera que seDurante o voo, o cosmonauta disse duas frases que entrariam para a história. Uma de surpresa: - A Terra é azul. A outra, que só um bom comunista ousaria dizer: - Olhei para todos os lados, mas não vi Deus. Gagarin foi promovido de tenente a major enquanto ainda estava em órbita. Foi com essa patente que a agência de notícias soviética Tass anunciou o espetacular feito ao mundo, que entrava na Era Espacial a partir daquele momento. Corrida espacial A ida à Lua sempre foi um sonho do homem. Com a derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos e a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) capturaram a maioria dos engenheiros que trabalharam no desenvolvimento do foguete V-2. A exploração espacial começou mesmo com o lançamento do satélite artificial Sputnik pela URSS em 4 de outubro de 1957, no Cosmódromo de Baikonur (base de lançamento de foguetes da URSS), em Tyuratam, no Cazaquistão. O Sputnik provocou uma corrida pela conquista do espaço entre a URSS e os EUA, que acabaria com a chegada do homem à Lua. No entanto, o primeiro ser vivo no espaço não foi um homem, mas a cadela russa Laika, que subiu ao espaço em 3 de novembro de 1957 a bordo do Sputnik 2. O lançamento do Sputnik e a ida do primeiro homem ao espaço se devem bastante ao talento de Serguei Korolev, engenheiro-chefe do programa espacial soviético. Foi ele quem convenceu Nikita Khruchev, na época o líder da URSS, a investir no programa. E foi dele também a ideia de levar, realmente, homens à Lua.ria o primeiro homem a chegar ao espaço.

sábado, 9 de abril de 2011

Quinta força fundamental da natureza ou nova partícula?


Partícula ou força

Um grupo internacional de cientistas pode ter encontrado um novo tipo de partícula ou uma quinta força da natureza.

Se a descoberta for confirmada, o que quer que os dados estejam revelando - uma nova força ou uma nova partícula - seria algo totalmente inédito, não explicado por nenhum modelo atual da física.

De certa forma, o achado teria maior impacto do que o tão esperado Bóson de Higgs, que está sendo procurado com afinco pelos cientistas do LHC - o Bóson de Higgs é algo previsto pela teoria e totalmente esperado, enquanto uma partícula que não se encaixa no chamado Modelo Padrão da Física, ou uma quinta força da natureza, abririam perspectivas de uma física totalmente nova.

Pico inesperado

Os cientistas da chamada Colaboração CDF (Collider Detector at Fermilab), que reúne mais de 500 físicos, trabalham no Tevatron, o maior colisor de partículas dos Estados Unidos, localizado no Fermilab (Fermi National Accelerator Laboratory).

Tudo começou quando eles observaram um pico totalmente inesperado no gráfico que mostra o resultado das colisões entre bilhões de prótons e antiprótons.

Como energia é igual a massa, segundo a teoria de Einstein, essas colisões de altíssima energia podem trazer à existência partículas subatômicas de existência extremamente curta, que não existem nas condições usuais de temperatura e pressão - os físicos as identificam estudando suas combinações, o chamado decaimento, que produzem partículas mais familiares.

O pico no gráfico mostra um excesso de eventos nas colisões de partículas que produzem um bóson W - uma partícula 87 vezes mais pesado do que um próton -, acompanhado de dois jatos de hádrons.

A anomalia inesperada apareceu na faixa de massa de 140 GeV/c2 - foram 250 eventos que parecem estar vindo de uma partícula 160 vezes mais pesada do que o próton - uma partícula, mas uma partícula não prevista pelo Modelo Padrão da Física.

Cautela

Por enquanto, o grupo está extremamente cauteloso: durante a apresentação do trabalho, realizada na tarde desta quinta-feira no Fermilab, a expressão "se for confirmado" foi repetida à exaustão.

A significância do pico verificado foi determinado em 3,2 sigma, o que significa que há 1 chance em 1375 de o pico possa ser resultado de uma flutuação estatística aleatória.

Por outro lado, o colisor Tevatron já fez inúmeras colisões nessa faixa de energia, e o pico nunca havia sido observado. E 160 vezes a massa do próton é muito próximo da massa de dois bósons W.

Além disso, os físicos consideram ser necessário um sigma igual a 5,0 para que um evento seja considerado uma descoberta.

Não é o bóson de Higgs

Se não for uma flutuação estatística, o pico pode ser explicado por uma nova partícula, uma partícula não apenas desconhecida, mas uma que nunca havia sido prevista.

Se confirmado como uma descoberta, isso exigirá que o Modelo Padrão seja refeito, com inúmeras possibilidades de novas descobertas e novos entendimentos sobre a estrutura básica da matéria.

Os cientistas afirmam não se tratar do Bóson de Higgs, que deve estar em outra faixa - para ser o Bóson de Higgs, o pico nos dados deveria ser 300 vezes menor.

"As características deste excesso [de eventos] excluem a possibilidade de que este pico seja devido ao bóson de Higgs do Modelo Padrão ou a uma partícula supersimétrica. Em vez disso, podemos estar vendo um tipo completamente novo de força ou interação," afirmou o grupo em um comunicado.

Quinta força

Alguns modelos, ainda considerados especulativos ou "alternativos", que têm sido propostos e desenvolvidos ao longo dos últimos anos, propõem a existência de novas interações fundamentais da matéria, além das quatro forças conhecidas hoje.

Estas forças fundamentais - gravidade, eletromagnetismo, força fraca e força forte - são a base do Modelo Padrão da Física - se há de fato uma nova força, então o Modelo deve ser refeito.

Há cerca de 20 anos, Kenneth Lane, da Universidade de Boston, e Estia Eichten, do próprio Fermilab, propuseram uma teoria, chamada tecnicolor, que previa a existência de uma quinta força fundamental, muito similar à força forte, que mantém unidos os quarks no núcleo dos átomos.

Essa quinta força ficaria exatamente na faixa dos 160 GeV e, operando a energias muito mais altas do que a força forte, poderia ser a responsável pela massa das demais partículas - o que simplesmente dispensaria a existência do já tão famoso e ainda não encontrado Bóson de Higgs.

Dados, trabalho e dinheiro

A análise divulgada hoje baseia-se em 4,3 femtobarns inversos de dados. A equipe irá repetir a análise com pelo menos duas vezes mais dados para verificar se o pico - o excesso de eventos - se torna mais ou menos acentuado.

Eles têm até Setembro para coletar mais dados - o Tevatron deverá ser desativado em Setembro, por falta de recursos.

Mas os dados também poderão ser confirmados pelo LHC ou pelo DZero - os dois já têm dados coletados na faixa dos 140 GeV/c2, que deverão ser sofregamente analisados nas próximas semanas.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Cosmonautas partem para missão na Estação Espacial Internacional


Dois cosmonautas russos e um astronauta americano decolaram nesta terça-feira (5) do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, rumo à ISS (Estação Espacial Internacional), revelou uma TV local. A missão tem como objetivo lembrar a primeira viagem espacial tripulada realizada por Yuri Gagarin há quase 50 anos.

Os dois russos e o americano partiram em uma nave Soyuz do cosmódromo de Baikonur, mesma localidade de onde Gagarin deixou a Terra para sua missão histórica em 12 de abril de 1961.

O lançamento, ocorrido nas primeiras horas da manhã, deixou um raio de luz no céu limpo e estrelado do campo cazaque. A missão foi dedicada à viagem de Gagarin - que deu à então União Soviética sua maior vitória da Guerra Fria contra os Estados Unidos - e, posteriormente, a cápsula Soyuz foi rebatizada com o nome do cosmonauta.

"O lançamento ocorreu normalmente", informou a missão de controle à tripulação, que acenou e fez sinal de positivo com os dedos para a câmera, em imagens enviadas da cápsula para a Terra.

Os cosmonautas Alexander Samokutyaev e Andrei Borisenko estão em sua primeira viagem espacial, enquanto o astronauta americano Ronald Garan está em sua segunda missão, tendo viajado com a nave Discovery em 2008.

"Estamos voando bem", disse a voz de um dos membros da tripulação, aparentemente o comandante Samokutyaev.

"Desejo sucesso e um bom voo", disse o chefe da agência espacial russa, Anatoly Perminov.

A cápsula Soyuz entrou com sucesso na órbita terrestre e deve acoplar-se à ISS às 20h18 (horário de Brasília) desta quarta-feira (6), depois de uma viagem de dois dias.

A missão, que tem como objetivo celebrar o aniversário de 50 anos das viagens espaciais tripuladas, foi alvo de preocupações depois que problemas técnicos forçaram um adiamento da data de lançamento programada inicialmente, em 30 de março.

A emissora estatal russa informou que a tripulação estava reproduzindo em gravações as famosas conversas por rádio entre Gagarin e o designer espacial Sergei Korolyov, que estava em terra, meio século atrás.

Em um sinal da importância da missão, a segurança aérea está sendo garantida por oito aviões e 12 helicópteros que sobrevoam os territórios da Rússia e do Cazaquistão, informou a agência de aviação federal Rosaviatsia em comunicado.

A missão de 108 minutos de Gagarin - que terminou com ele descendo de paraquedas em uma área rural no centro da Rússia - ocorreu no ápice da Guerra Fria, mas atualmente as viagens espaciais são realizadas em uma parceria entre os ex-inimigos.

Nasa adia lançamento do ônibus espacial EndeavourNasa adia lançamento do ônibus espacial Endeavour


A Nasa, agência espacial americana, anunciou nesta segunda-feira (4) o atraso do lançamento do Endeavour em dez dias marcado para o dia 29 de abril, por um conflito de calendário com a nave russa Progress, que será lançada no dia 27 e chegará à Estação Espacial Internacional (ISS) dois dias depois.

- Após os debates entre os membros da Estação Espacial Internacional no domingo, a Nasa fixou o lançamento da missão STS-134 da nave espacial Endeavour para a sexta-feira, 29 de abril.

O último voo do ônibus espacial Endeavour foi agendado para as 16h47, no horário de Brasília, segundo informou a Nasa em comunicado.

O atraso evita assim um conflito de programação com uma das naves russas de abastecimento, cujo lançamento estava programado para o dia 27 de abril e sua chegada à Estação Espacial Internacional, dois dias mais tarde.

Essa data não é definitiva. Os operários da Nasa realizarão uma revisão do plano de voo na terça-feira, dia 19 de abril, para avaliar a preparação do equipamento para o lançamento.

A nave Endeavour já se encontra na plataforma de lançamento 39A do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, para submeter-se às revisões técnicas necessárias antes do seu último voo.

Durante a missão de 14 dias, o ônibus espacial Endeavour entregará o Espectrômetro Alfa Magnético (AMS), usado para análise de partículas, e peças de reposição incluindo duas antenas de comunicações de, um tanque de gás de alta pressão, o sistema robótico canadense Dextre e escudos para proteger a nave de micrometeoritos.

O astronauta Mark Kelly comandará missão, o piloto Greg Johnson, os especialistas de missão, Mike Fincke, Drew Feustel, Greg Chamitoff e o italiano Roberto Vittori, completam a tripulação.

Sonda registra imagens de vulcões em Marte


A ESA, agência espacial europeia, divulgou nesta sexta-feira (1º) imagens dos vulcões Ceraunius Tholus e Uranius Tholus de Marte capturados pela sonda Mars Express.

Os vulcões estão na região de Tharsis e medem 5,5 km (Ceraunius) e 4,5 km (Uranius). Seus diâmetros são de 130 km e 62 km, respectivamente.

Junto aos vulcões podem ser observados vales formados pelas erupções, dos quais o mais amplo alcança 3,5 km de diâmetro e 300 m de profundidade.

Os cientistas da ESA geraram as imagens a partir dos dados recolhidos pela sonda em três órbitas diferentes ao redor do "planeta vermelho" entre novembro de 2004 e junho de 2006, disse a agência por meio de um comunicado.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Nave espacial ecológica movida a água


Poderia uma espaçonave interplanetária ser alimentada unicamente por água?

A resposta é sim, segundo dois pesquisadores da área.

Brian McConnell e Alex Tolley defenderam a ideia da criação da nave, que eles batizaram de "carruagem espacial", em um artigo publicado no jornal da Sociedade Interplanetária Britânica.

Carruagem espacial

Segundo os pesquisadores, uma viagem a Marte em uma nave alimentada a água custaria o equivalente a um único lançamento de um ônibus espacial até a Estação Espacial Internacional.

Ao contrário dos ônibus espaciais, a carruagem espacial seria uma nave estritamente espacial, dispensando as especificações necessárias ao pouso, o que poderia ser feito por naves auxiliares projetadas especificamente para isso.

Esta ideia também foi defendida pela NASA na semana passada, quando a agência espacial apresentou um novo conceito de nave espacial para voos de longa duração.

A carruagem espacial também aproveitaria o conceito de módulos infláveis, defendidos por Robert Bigelow para a construção do seu hotel espacial.

E, segundo os pesquisadores, sua nave espacial não depende de nenhuma inovação tecnológica futura: "É realmente um projeto de integração de sistemas. A tecnologia fundamental está toda disponível," disse McConnell.

Nave movida a água

O que mais chama a atenção na carruagem espacial, contudo, é o seu combustível, exclusivamente água.

O motor da espaçonave "queimaria" a água no interior de motores eletrotermais acionados por micro-ondas.

Motores eletrotermais são um tipo de sistema de propulsão elétrica, a exemplo dosmotores iônicos e do motor vasimir.

Eles já foram testados em laboratório usando a água como propelente. Segundo os pesquisadores, esses motores "provaram ser várias vezes mais eficientes no consumo de combustível do que os foguetes químicos convencionais".

Esses motores superaquecem a água no interior de uma câmara. O vapor resultante é ejetado por um bocal semelhante aos bocais dos foguetes comuns, fornecendo o impulso à nave.

Motores eletrotermais

A energia elétrica para os motores, assim como para toda a nave, seria fornecida por grandes painéis solares, o que levou a um design "chapado" da nave para ampliar a área disponível tanto para o armazenamento da água quanto para a instalação dos painéis solares.

Os motores eletrotermais a água fornecem pouco empuxo em relação aos motores químicos, mas, como poderiam funcionar por muito mais tempo, propiciaram uma aceleração contínua à nave, permitindo que as missões fossem feitas nos tempos previstos atualmente - uma viagem a Marte levaria cerca de seis meses.

Para dar maior agilidade e capacidade de manobra, principalmente em situações de emergência, a nave teria pequenos motores químicos, similares aos usados emsatélites e sondas espaciais.

"A capacidade de usar a água como propelente altera radicalmente a economia das missões de longo alcance, reduzindo o custo de uma missão em até 100 vezes, tornando as missões ao espaço profundo comparáveis em termos de custos às atuais missões tripuladas à órbita baixa da Terra," dizem os pesquisadores, referindo-se aos ônibus espaciais norte-americanos.

Escudos de água

A água teria outras utilidades além de servir como combustível e, na verdade, condiciona todo o projeto da nave.

Os módulos infláveis teriam camadas externas cheias de água, que serviria como um escudo contra a radiação do espaço.

A água também poderia ser incorporada nas próprias paredes dos módulos infláveis, congelando em contato com o frio do espaço e funcionando como um escudo rígido contra os micrometeoritos e outros detritos que possam se chocar com a nave durante a viagem.

A grande disponibilidade de água também possibilitará o cultivo de plantas para alimentação e, coisa inédita no espaço, permitirá até mesmo que os astronautas tomem banho de banheira.

Os pesquisadores defendem a utilização de uma frota dessas carruagens espaciais viajando pelo Sistema Solar, reabastecendo-se de água na órbita baixa da Terra ou de água "minerada" na Lua ou mesmo em Marte.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Vida na Terra e em Marte podem ter origens comuns


Um grupo de cientistas americanos vem desenvolvendo um instrumento para analisar a possível existência de organismos vivos com genes comuns em Marte e na Terra, informou nesta quarta-feira (23) o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), nos Estados Unidos.

A pesquisa, chamada de "Busca de Genomas Extraterrestres" (SETG), é coordenada pelo Departamento de Ciências Terrestres, Planetárias e Atmosféricas do MIT.

As premissas das quais o estudo parte são que o clima na Terra e em Marte eram muito similares na origem do Sistema Solar, que várias rochas marcianas viajaram à Terra fruto do choque de asteroides e que evidências indicam que alguns micróbios podem sobreviver os milhões de anos de distância entre os dois planetas.

Além disso, segundo o MIT, a dinâmica orbital indica que é 100 vezes mais fácil viajar de Marte à Terra do que o contrário.

O resto da teoria, se for comprovada, levantaria a possibilidade de os seres humanos serem descendentes de organismos marcianos.

O aparelho desenvolvido pela equipe do MIT, liderada pelos pesquisadores Christopher Carr e Clarisa Lui, será desenvolvido para recolher amostras do solo marciano e isolar micróbios existentes ou restos de micróbios, para depois separar o material genético e analisar as sequências genéticas.

Posteriormente, estas sequências seriam comparadas para buscar sinais de padrões quase universais entre todas as formas de vida conhecidas.

Embora reconheça que é uma pesquisa "a longo prazo", Carr indicou que, já que "poderíamos estar relacionados com a vida em Marte, pelo menos deveríamos ir e ver se existe vida relacionada com a nossa". A equipe do MIT afirmou que pode levar cerca de dois anos para desenvolver o protótipo do SETG, mas que, uma vez desenvolvido, seria possível integrá-lo como uma broca em um veículo espacial de uma futura missão que viaje à superfície de Marte para recolher essas mostras.

Desde que os dois módulos Viking da Nasa, agência espacial americana, aterrissaram em Marte em 1976, nunca mais foram enviados instrumentos à superfície marciana para buscar evidências de vida.

Já o astrobiólogo Christopher McKay, do Centro de Pesquisa da Nasa-Ames, na Califórnia, afirmou que "é plausível que a vida em Marte esteja relacionada com a vida na Terra e, portanto, compartilhemos genética".

Astrônomos descobrem estrelas mais frias do Universo


Uma equipe internacional de astrônomos acaba de descobrir o astro mais frio detectado até agora fora do Sistema Solar, a cerca de 75 anos- luz (712 trilhões de km) da Terra, informou, nesta quarta-feira (23), em comunicado, o Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica (CNRS).

Trata-se de uma estrela-anã marrom que faz parte de um sistema binário batizado CFBDSIR 1458 10 e que tem uma temperatura de aproximadamente 100 graus centígrados.

Chamada de CFBDSIR 1458 10B, a estrela é menos brilhante e mais fria do que sua companheira, a CFBDSIR 1458 10A. As duas têm um tamanho parecido com Júpiter, orbitam a uma distância três vezes maior da que separa o Sol da Terra, com um período orbital de 30 anos, segundo o Observatório Europeu Austral (ESO).

A descoberta foi publicada hoje na revista científica Astrophysical Journal.

A CFBDSIR 1458 10A já é muito fria, pois tem entre 250 e 300 graus, indicou o comunicado do CNRS. Com essas temperaturas, os cientistas esperam que ambas as estrelas tenham propriedades distintas de outras anãs marrons conhecidas e se pareçam com os exoplanetas (fora de nosso Sistema Solar) gigantes.

"Poderiam até ter nuvens de água na atmosfera", disse Michael Liu, do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí (EUA), um dos autores do estudo.

A estrela CFBDSIR 1458 10A foi descoberta em 2010 por uma equipe de franceses e canadenses, respectivamente do Instituto de Planetologia e Astrofísica de Grenoble, por Philippe Delorme, e da Universidade de Montreal, por Loïc Albert.

O mesmo instrumento usado nessa descoberta permitiu que os astrônomos encontrassem, agora, em colaboração com o professor Liu, a nova estrela anã. O Very Large Telescope (Telescópio Muito Grande, em tradução, o VLT) do ESO, situado no Chile, foi usado para estudar o espectro infravermelho do sistema binário e medir sua temperatura.

"Ficamos emocionados por comprovar que esse objeto tinha uma temperatura tão baixa, mas não podíamos adivinhar que se tratava de um sistema binário com um componente ainda mais interessante e mais frio", assinalou Delorme, coautor do estudo.

Nasa testa na Antártida traje espacial para uso em Marte


Uma equipe da Nasa testou um traje espacial em uma região de condições ambientais extremas, em uma base da Argentina na Antártida que tem características parecidas com algumas das encontradas em Marte, para um possível uso numa visita ao planeta vermelho.

O traje espacial NDX-1, projetado pelo engenheiro aeroespacial argentino Pablo de León, suportou temperaturas glaciais e ventos de mais de 75 km/h enquanto pesquisadores testavam técnicas de coleta de amostras em Marte.

"Esta foi a primeira vez que levamos os trajes para um meio tão extremo, isolado, de modo que se algo desse errado não pudéssemos simplesmente ir até a 'loja' e comprar material para os reparos", disse De León, depois de retornar da expedição de uma semana de duração.

O protótipo do traje, no valor de R$ 166,7 mil (US$ 100 mil) e criado com recursos da Nasa, é feito de mais de 350 materiais, incluindo fibras de carbono e fibras sintéticas de aramida Kevlar para diminuir seu peso sem perder resistência.

Durante a missão Marte em Marambio, que leva o nome da base da força aérea argentina, uma equipe de cientistas da Nasa realizou caminhadas espaciais simuladas, operou equipamentos e coletou amostras enquanto usava a roupa. O próprio De León vestiu o traje pressurizado, que, segundo ele, é propenso a fazer com que qualquer um se sinta claustrofóbico.

Os pesquisadores escolheram Marambio porque, em comparação com outras bases na Antártida, ela tem acesso mais fácil à camada de permafrost, o subsolo que permanece congelado a maior parte do ano.

De León, que dirige o laboratório de trajes espaciais na Universidade de Dakota do Sul, nos Estados Unidos, disse que a Antártida é ideal para coleta de amostras, por ser um dos lugares menos contaminados da Terra e também por permitir algumas observações sobre o impacto no traje.

- Marte é uma mistura de muitos ambientes diferentes: desertos e temperaturas e ventos como na Antártida. Por isso, nós tentamos pegar porções de diferentes lugares e ver se nosso sistema pode suportar os rigores de Marte se formos para lá.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse, no ano passado, que até meados dos anos 2030 seria possível enviar astronautas para a órbita de Marte e trazê-los de volta à Terra com segurança. A etapa seguinte seria o pouso em Marte.

Mas uma missão tripulada ao planeta mais parecido com a Terra no Sistema Solar pode estar ainda mais distante, já que a Nasa está tendo de apertar seu orçamento.

Dilma e Obama fecham acordo para lançar satélite em conjunto em 2012


O Brasil deverá lançar no ano que vem um satélite para monitorar as alterações climáticas em parceria com os Estados Unidos. O lançamento será feito no ano que vem a partir da base de Alcântara, no Maranhão, embora esse prazo possa mudar.

A declaração foi feita pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, nesta segunda-feira (21) em encontro com empresários em São Paulo.

O convênio, segundo ele, foi negociado no encontro a portas fechadas entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente americano, Barack Obama, no último sábado (19) em Brasília.

– O acordo ainda vai ser feito, mas houve uma sinalização do presidente Obama de que existe o interesse dos Estados Unidos em ajudar o Brasil. O interesse do Brasil é fazer um lançamento rápido de um satélite dentro de dois ou três anos no máximo. [Para mais detalhes,] vocês têm que perguntar para o ministro de Ciência e Tecnologia [Aloísio Mercadante].

O objetivo, segundo Pimentel, é fazer o monitoramento meteorológico para prevenir catástrofes como a que atingiu a região serrana do Rio de Janeiro em janeiro deste ano.

De acordo com Pimentel, o Brasil forneceria o local de lançamento, enquanto a Nasa (Agência Espacial Americana) entraria com o veículo lançador de satélite – uma tecnologia que o Brasil ainda não domina.

– A nossa ideia é fazer o lançamento da base de Alcântara, já que é um satélite equatorial e estamos em uma região privilegiada. Até onde eu sei, o satélite não é tão complicado. O problema é o veículo lançador.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Nasa anuncia descoberta de água em cratera da Lua


Impacto de foguete contra cratera no polo sul da Lua produz nuvem de material contendo água

Dados preliminares da sonda Lcross indicam que a missão descobriu água durante os impactos de 9 de outubro com uma região em sombra perpétua no fundo da cratera Cabeus, perto do polo sul lunar.

O impacto criado pelo estágio superior do foguete Centauro produziu uma pluma de material dividida em duas partes, ejetado das profundezas da cratera. A primeira parte era composta de vapor e poeira fina e segunda, de material mais denso. Esse material não era exposto à luz do Sol há bilhões de anos.

Cientistas especulavam há anos sobre a explicação para as quantidades de hidrogênio detectadas nos polos lunares por missões anteriores. A descoberta de água pela Lcross ajuda a responder à pergunta. A água na Lua pode estar mais disseminada e existir em quantidade maior que a esperada, diz nota da Nasa.

Além disso, regiões lunares em sombra perpétua podem ter a chave da história e da evolução do Sistema Solar. E a água e outros compostos descobertos poderão ser recursos para astronautas em futuras missões.

Desde os impactos, a equipe cientistas da missão Lcross trabalha para analisar os dados que a nave recolheu. A equipe concentrou-se nos espectrômetros, que trazem as informações mais precisas sobre a presença de água.


Ampliação da imagem da pluma de material impelida pelo impacto na Lua. Divulgação/Nasa

“Estamos extasiados”, disse Anthony Colaprete, principal cientista da missão. “Diversas linhas de evidência mostram que a água estava presente tanto na pluma mais leve e na cortina de dejetos criada pelo impacto do Centauro. A concentração e distribuição da água e outras substâncias requerem mais análise, mas é seguro dizer que Cabeus contém água”.

Tsunami solar dispara jato de plasma rumo à Terra

Depois de um longo período de dormência, o Sol pode estar acordando.

Na madrugada de domingo (01/08), todo o lado do Sol virado para a Terra experimentou um tumulto de atividades em cadeia, criando uma erupção solar de classe C3 – um autêntico tsunami solar.

O jato de plasma deverá chegar na Terra na manhã desta quarta-feira, dia 04 de Agosto.

Ejeção de massa coronal

O fenômeno gerou múltiplos filamentos magnéticos, que se elevaram da superfície estelar, uma agitação em grande escala da corona solar, explosões de ondas de rádio e uma ejeção de massa coronal.

Esta erupção solar em larga escala – catalogada pelos cientistas como Mancha Solar 1092 – ejetou toneladas de plasma (átomos ionizados) para o espaço interplanetário.

E esse plasma está dirigido diretamente no rumo da Terra, onde deverá chegar criando um show espetacular de luzes na forma de auroras boreais e austrais.

Infelizmente não é só isso. Os efeitos poderão ser sentidos também pelos sistemas de comunicação, principalmente via satélite, e até mesmo pelas redes de distribuição de energia.

Tsunami solar

Observar o Sol entrar em erupção numa escala global entusiasmou a comunidade internacional de físicos, que agora dispõem também do observatório solar SDO (Solar Dynamics Observatory), da NASA.

Os cientistas acreditam ter dados suficientes para tentar decifrar a complexa sequência de eventos, detectando sobretudo os eventos primários que deram origem à tsunami solar.


A mancha solar foi tão grande que pôde ser vista sem o auxílio de um telescópio solar. Oleg Toumilovitch, na África do Sul, fotografou o evento com uma câmera digital comum.

Quando uma erupção desse tipo, chamada de ejecção de massa coronal, chega à Terra, ela interage com o campo magnético do nosso planeta, potencialmente criando uma tempestade geomagnética.

As partículas solares guiam-se pelas linhas desse campo, dirigindo-se para os pólos da Terra, onde colidem com átomos de nitrogênio e oxigênio na atmosfera, que em seguida brilham na forma de luzes dançantes, as auroras.

As auroras são visíveis normalmente apenas em altas latitudes, embora, durante uma tempestade geomagnética, as auroras possam também iluminar o céu nas latitudes mais baixas.

Ciclos do Sol

O Sol tem um ciclo regular de atividade que dura em média cerca de 11 anos.

O último máximo solar ocorreu em 2001, o que tornou seu mínimo mais recente particularmente duradouro e com atividade abaixo da média mesmo para esses mínimos.

Esta erupção em larga escala é um dos primeiros sinais de que o Sol pode estar acordando e caminhando para um outro máximo.

domingo, 6 de março de 2011

Boeing lança segundo veículo espacial militar sem tripulação

A americana Boeing anunciou na noite de sábado (5) o lançamento em Cabo Canaveral de uma segunda nave espacial sem tripulação X-37B destinada à Força Aérea. "A Boeing anuncia o lançamento com sucesso do segundo OTV (veículo de teste orbital) para a unidade de intervenções rápidas da Força Aérea americana", afirma um comunicado.

Para o vice-presidente da Boeing Space & Intelligence Systems, Craig Cooning,esse é outro passo importante.

- Foi um momento histórico em dezembro quando o X-37B se tornou o primeiro veículo sem tripulação a retornar do espaço e pousar sozinho.

O primeiro OTV foi lançado em abril para permanecer em órbita por oito meses e pousou na base Vandenberg da Força Aérea em dezembro.

Astronautas fazem testes para missão dedicada ao primeiro homem a ir ao espaço


As tripulações titular e reserva da próxima missão à ISS (Estação Espacial Internacional), dedicada a Yuri Gagarin no 50º aniversário da primeira viagem do homem ao espaço, começaram nesta sexta-feira (4) os testes prévios no voo no Centro de Treinamento de Cosmonautas, localizado nos arredores de Moscou.

Yuri Gagarin foi o primeiro homem da história a viajar ao espaço. Ele cumpriu sua missão em 12 de abril de 1961, a bordo da nave Vostok 1. Ele foi a primeira pessoa a ver a Terra de fora, a cerca de 300 km de altitude, durante um passeio que durou 108 minutos

A tripulação principal, integrada pelos russos Andrei Borisenko e Aleksandr Samokutiayev, que não têm experiência no espaço, e o astronauta da Nasa Ronald Garan, que já conta com um voo orbital em seu currículo, fará um teste no simulador terrestre do segmento russo da ISS.

Já a equipe suplente, composta pelos russos Anton Shkaplerov e Anatoli Ivanishin e o americano Daniel Burbank, passará por uma prova na réplica da nave pilotada Soyuz TMA. No sábado, as tripulações trocarão de local de testes e, no final do dia, as equipes receberão qualificações em uma escala de um a cinco pontos.

China constrói a maior base mundial de foguetes espaciais


A China está construindo na cidade de Tianjin, próxima a Pequim, a maior base mundial de desenvolvimento, produção e testes de foguetes para seu programa espacial.

A primeira fase da construção da base estará pronta em um ano, informou nesta sexta-feira (4) o jornal oficial Global Times.

A base está localizada na região de Binhai, onde também se encontra a única unidade de montagem da Airbus fora da Europa, e contará com 22 fábricas, sendo que 20 delas já estão completas. Algumas já estão prontas para operar, indicou a publicação.

O objetivo do complexo é atender a demanda de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia espacial para os próximos 30 ou 50 anos, segundo o subdiretor da Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos de Lançamento, Liang Xiaohong.

Segundo Liang, ao integrar a cadeia industrial de produção, a base poderá produzir um amplo leque de foguetes de diferentes tipos e tamanhos, incluindo o novo foguete propulsor desenvolvido pela China.

A China enviou o primeiro homem ao espaço em 2003, seguindo o exemplo da antiga União Soviética e dos Estados Unidos. O país deseja enviar astronautas à Lua até 2020.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Fim da "greve" dos ônibus espaciais prevista para dia 24


A Nasa, agência espacial dos EUA, anunciou nesta sexta-feira (18) que a nave Discovery partirá para a ISS (Estação Espacial Internacional) na próxima quinta (24), como estava previsto.

Os diretores da missão se reuniram ontem no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, para discutir o protocolo de revisão de preparação do voo.

Após uma longa sessão, decidiram que o lançamento do ônibus espacial seria mantido para o dia 24 de fevereiro, às 16h50, na costa leste americana (18h50 de Brasília). A informação foi confirmada pela Nasa em sua página no Twitter.

A Discovery já se encontra na plataforma de lançamento 39A. Os técnicos revisaram toda a nave após nove atrasos no calendário, primeiro devido a um vazamento de hidrogênio, depois por uma falha elétrica, e posteriormente pelo descobrimento de fendas no tanque de combustível externo.

Este vazamento deu muita dor de cabeça aos engenheiros, que no início não encontravam a origem das fendas e precisaram trocar o lacre do conduto de ventilação de hidrogênio do tanque de combustível externo.

Em sua última jornada de trabalho, os operários desinstalaram o braço de acesso ao tanque externo de combustível da nave.

Os seis membros da tripulação revisaram os dados de voo no Centro Espacial Johnson, em Houston, e devem se deslocar neste domingo (20) para o centro Kennedy, onde irão iniciar os últimos preparativos antes do lançamento.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Astrônomos estão em duvida, nove ou oito planetas? eis a questão!!!!


Cientistas americanos revelaram ter fortes evidências de que existe um nono planeta, já batizado de Tyche, em nosso Sistema Solar, que fica além de Plutão e é enorme.

Os indícios foram coletados pelo telescópio espacial Wise, da Nasa, que oferece provas de que esse gigante planeta gasoso está escondido no exterior da Nuvem Oort, o local mais distante do Sistema Solar.

O astro foi chamado de Tyche (pronuncia-se tái-ki) pelos dois astrofísicos que propõem que ele seja elevado ao status de planeta, Daniel Whitmore e John Maltese, da Universidade da Louisiana.

O primeiro lote de dados sobre Tyche deverá ser liberado em abril. Depois que o Tyche for localizado, a União Astronômica Internacional (IAU) é que vai dizer se ele terá o status de planeta.

O problema principal que a IAU poderá ter com a proposta é que o Tyche se formou em volta de outra estrela e depois foi capturado pelo campo gravitacional do Sol. Talvez a organização tenha de criar uma nova categoria para essa bola gigante de gases.

Os cientistas suspeitam que Tyche tenha quatro vezes a massa de Júpiter e uma órbita 15.000 vezes mais distante do Sol do que a Terra e 375 vezes mais distante que Plutão.

Provavelmente, o candidato a planeta deve ser composto principalmente de hidrogênio e hélio, e ter uma atmosfera parecida com a de Júpiter. Whitmore acrescentou que o astro deve ter suas próprias luas, como outros planetas parecidos, e sua superfície deve ser coberta por manchas coloridas, faixas e nuvens.

Os dados da Wise também revelaram que Tyche é até cinco vezes mais quente do que Plutão (temperatura estimada em - 73 oC). Em alguns meses, quem sabe nosso Sistema Solar não volte a contar com nove planetas, graças a Tyche?

Sonda da Nasa envia fotos de voo sobre cometa



Uma sonda espacial da Nasa começou nesta terça-feira a enviar para a Terra (15) as primeiras fotos de seu sobrevoo sobre um cometa, com o objetivo de estudar transformações na superfície do objeto espacial.

A nave Stardust passou na noite desta segunda-feira (14) a apenas 181 km do cometa Tempel 1 e tirou fotografias durante a passagem. A ideia da Nasa era divulgar as imagens de trás para frente, começando com cinco imagens em "close" do cometa. Mas, por uma razão ainda desconhecida, a sonda mandou primeiro as fotos de quando estava longe do objeto.

Em 2005, o Tempel 1 recebeu uma visita um tanto violenta de uma outra sonda da Nasa, a Deep Impact, que atirou uma bola de cobre sobre o planeta, fazendo com que detritos voassem pelo espaço e uma cratera se formasse sobre o objeto. Mas, como subiu muita poeira após o tiro, a sonda não conseguiu tirar fotos do buraco.

Como os cometas têm órbitas bastante longas (indo até bem longe do Sol e depois bem perto), eles passam muito tempo longe do astro. O frio faz com que eles tenham a estrutura bastante preservada e possam fornecem informações sobre a formação do Sistema Solar.

O Tempel 1 não é o primeiro cometa com quem a sonda, lançada em 1999, se encontra. Em 2004, ela passou perto do cometa Wild 2 e coletou partículas de poeira do objeto. O material foi mandado para a Terra por meio de uma cápsula que caiu no deserto de Utah, nos Estados unidos.

A Stardust já voou 5,6 bilhões de km desde o lançamento.

Nasa terá corte nas verbas de 2012 para realizar seus projetos


O presidente americano, Barack Obama, incorporou a Nasa (agência espacial americana) em seu plano de corte de gastos ao propor nesta segunda-feira (14), em seu projeto de orçamento, congelar por cinco anos o pacote destinado à agência espacial.

O valor total pedido para a Nasa chega a R$ 31,21 bilhões (US$ 18,7 bilhões) para o exercício de 2012, que começa em 1º de outubro de 2011, e deverá prorrogar-se anualmente até 2016.

A proposta apresentada por Obama ao Congresso representa uma diminuição de 1,6% em relação ao orçamento da Nasa de 2011, que ainda não foi adotado.

John Logsdon, ex-diretor do instituto de política espacial em Washington e assessor externo do governo de Obama, diz que o valor está de acordo com a realidade.

- Esse orçamento reflete o conjunto da realidade orçamentária enfrentada pelo governo americano, ao saber que não há muito dinheiro em caixa. E a Nasa paga sua cota do congelamento orçamentário geral. Esse congelamento não deverá, no entanto, comprometer os objetivos da agência, mas certamente desacelerará seu calendário

O especialista disse ainda que o orçamento "coloca em evidência que a Nasa espera cumprir com o previsto".

Segundo Longsdon, a Nasa dá grande prioridade ao funcionamento da Estação Espacial Internacional (ISS, da sigla em inglês), cujo uso foi estendido para até 2020.

A agência espacial pretende dedicar grandes quantias - R$ 1,41 bilhão (US$ 850 milhões) - para ajudar o setor privado a criar naves e cápsulas espaciais capazes de transportar - de forma mais econômica - para a ISS tanto tripulantes como material de carga.

Isso permitiria não depender exclusivamente das naves russas Soyuz para enviar os astronautas americanos à estação internacional depois que duas naves forem aposentadas este ano. Os Estados Unidos financiaram grande parte da ISS, com aproximadamente R$ 166,9 bilhões (US$ 100 bilhões).

No entanto, de acordo com Logsdon, "a Nasa baseia seu projeto de orçamento em montantes hipotéticos os quais espera que sejam citados no orçamento atual de 2011, que ainda deve ser aprovado" no Congresso.

E os republicanos, que são maioria na Câmara, ameaçam cortar severamente os gastos federais, começando pelo orçamento de 2011. Sob pressão dos legisladores da esfera de influência ultraconservadora do Tea Party, pedem uma redução de US$ 100 bilhões em gastos.

Sob anonimato, um funcionário da Nasa, disse que a agência pode correr riscos se não receber as verbas necessárias.

- Se os republicanos impuserem sua vontade, todos os programas da Nasa estarão em perigo. Investimos em empresas americanas, para que elas desenvolvam naves e cápsulas para ir à ISS, e os republicanos aparentemente preferem pagar aos russos [R$ 83,45 milhões] US$ 50 milhões por assento em um Soyuz para transportar nossos astronautas à estação.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Astronautas "brincam" de viagem espacial


Depois de oito meses de viagem, uma missão “de mentirinha” para Marte chegou nesta segunda-feira (14) ao seu ponto máximo, quando dois astronautas “tocaram” o solo do planeta, mas sem tirar o pé da Terra.

Na verdade, os profissionais estão participando de uma simulação de missão em Marte. Trancados desde 3 de junho de 2010 em um conjunto de módulos cilíndricos que constituem um simulador, seis homens vão passar um total de 520 dias em um experimento montado em um galpão no bairro de Khoroshevski, em Moscou, capital da Rússia. O objetivo é analisar as condições físicas e psicológicas e a tolerância dos membros de uma tripulação durante um voo interplanetário.

Hoje, dois deles tiveram a honra de sentir o que seria dar passos em Marte, usando inclusive roupas espaciais – eles caminharam por uma hora e 12 minutos em um local com 10 m de comprimento e 6 m de largura coberto com areia vermelha.

O ítalo-colombiano Diego Urbina, que fez a caminhada ao lado do russo Aleksandr Suvorov, disse que a Europa “por séculos explorou a Terra”.

– Hoje, olhando essa terra vermelha, eu posso sentir o quão inspirador vai ser olhar através dos olhos do primeiro homem a andar em Marte. Eu saúdo todos os exploradores do futuro e lhes desejo boa sorte.

A próxima caminhada vai ser realizada no dia 18 de fevereiro. A última tarefa está marcada para o dia 22 de fevereiro. Os astronautas vão viver durante 16 dias em um pequeno módulo que simula um veículo com capacidade de pousar em Marte, com possibilidades limitadas de exercício físico.

Os seis participantes do projeto Mars500 foram separados em dois grupos quando a nave-simulador, integrada por cinco módulos, simulou uma chegada à órbita de Marte, no dia 2 de fevereiro. Com roupas especiais, três homens se deslocaram para o módulo de aterrissagem que pousou no último sábado (12) no planeta vermelho, enquanto os outros permaneceram no módulo principal.

O período de isolamento na falsa nave de 180 m2 se refere à duração de uma verdadeira viagem para Marte, com 250 dias de ida, 30 dias de permanência e 240 dias de volta.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Um terço dos russos acha que o Sol gira em torno da Terra


O Sol gira em torno da Terra? Aparentemente, um terço da população russa tem essa informação errada sobre o Sistema Solar, de acordo com uma pesquisa publicada nesta quinta-feira (10). Ao todo, 32% dos russos rejeitam a ideia de um sistema de planetas que se move em torno do Sol, 4% a mais que em 2007, quando um estudo semelhante foi feito pelo Centro Russo de Opinião Pública e Pesquisa.

A sondagem dá destaque às superstições "científicas" do povo russo, alguns dias após o presidente Dmitri Medvedev ter defendido investimentos em programas espaciais para explorar a Lua e pontos distantes do universo.

A pesquisa revela ainda que 55% dos russos dizem que a radioatividade é uma invenção humana, enquanto 29% afirmam que os seres humanos conviveram com os dinossauros. Os números também indicam que as mulheres são mais propícias a acreditar em superstições do que os homens.

A pesquisa foi feita em janeiro com 1.600 pessoas em diferentes regiões da Rússia e tem margem de erro de 3.4%.

Nasa examina ônibus espacial Discovery após acidente


A Nasa (agência espacial americana) informou nesta quarta-feira (9) que inspeciona detalhadamente o ônibus espacial Discovery depois de um funcionário deixar cair por acidente uma ferramenta metálica durante os trabalhos de reparação da nave.

O acidente aconteceu na última terça-feira (9) à noite, quando os técnicos que trabalham nos consertos do Discovery mexiam no duto de ventilação de hidrogênio do tanque de combustível externo.

Os funcionários estavam na parte superior do ônibus espacial, em uma passarela, quando uma das ferramentas, conhecida como calibrador, se desfez em várias partes e caiu.

A porta-voz da Nasa, Andrea Thompson, disse ao site Space.com que ninguém ficou ferido e que os especialistas passaram a noite verificando possíveis danos no ônibus espacial.

Está prevista para o dia 24 de fevereiro, às 18h50, no horário de Brasília, a última viagem do Discovery rumo à Estação Espacial Internacional). Será uma das últimas missões do programa de ônibus espaciais da Nasa.

A agência espacial americana teve de atrasar em várias ocasiões o lançamento do Discovery, que estava previsto inicialmente para 5 de novembro de 2010. O primeiro problema foi um vazamento de hidrogênio. Depois, uma falha elétrica e, posteriormente, a descoberta de rachaduras no tanque de combustível externo durante o processo de enchimento, quando o ônibus espacial estava pronto para iniciar a missão STS-133.

Após dois meses de análise e vários testes, os engenheiros da Nasa determinaram que o problema era uma combinação de fatores de fabricação e do processo de enchimento do tanque, no qual se introduz combustível líquido, principalmente oxigênio e hidrogênio a mais de 100ºC abaixo de zero. A solução encontrada foi instalar reforços estruturais.

Nasa apresenta pela primeira vez imagens completas do Sol


A Nasa, agência espacial americana, apresentou neste domingo (6) pela primeira vez imagens da superfície solar e de sua atmosfera. Os cientistas esperam que as novas imagens ajudem a melhorar a previsão do tempo.

Esse trabalho é o resultado das observações feitas pelas duas sondas solares do Observatório de Relações Solares-Terrestres (Stereo, por sua sigla em inglês), enviadas pela Nasa em 2006.

As duas sondas foram enviadas a pontos diametralmente opostos do Sol para estudar como o fluxo de energia e a matéria solar afeta a Terra.

Seus instrumentos proporcionaram uma nova visão do sistema solar e, em 2007, geraram as primeiras fotografias tridimensionais do Sol, disse a agência americana por meio de comunicado.

- As novas imagens ajudarão a melhorar o planejamento de futuras missões de naves espaciais robóticas ou com tripulação para o sistema solar.

Brasil está construindo foguete a etanol


O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) está coordenando a construção de um foguete brasileiro alimentado por propelente líquido - mais especificamente, por etanol.

O projeto está na etapa de construção do sistema de alimentação do motor foguete, cuja principal função é fornecer ao motor foguete a propelente líquido nas pressões e vazões necessárias para o correto funcionamento do motor.

O sistema de alimentação será um dos componentes do primeiro foguete brasileiro funcionando exclusivamente com propelente líquido, o VS-15.

O VS-15 possibilitará a realização de ensaios em voo do motor foguete a etanol, verificando se o motor corresponde às características de projeto.

O sistema é composto por dois reservatórios de propelentes, um de etanol e outro de oxigênio líquido, e um reservatório de gás pressurizante, todos fabricados em fibra de carbono, para redução da massa total.

Diversas válvulas fazem o controle do fornecimento do etanol e do oxigênio ao motor, além do abastecimento prévio dos reservatórios A pressão dos fluidos nos reservatórios é mantida por reguladores de pressão especiais.

O sistema de alimentação já passou pela revisão de requisitos de sistema e pela revisão preliminar de projeto.

O projeto está agora em fase de fabricação dos modelos de engenharia dos reservatórios e dos reguladores de pressão e aquisição dos componentes, com a finalidade de montagem de um modelo de engenharia do sistema completo para realização dos primeiros ensaios funcionais a frio.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Nasa corta astronauta que sofreu acidente de bicicleta


O astronauta Timothy Kopra foi cortado da última missão com o ônibus espacial Discovery, marcada para fevereiro, depois de sofrer um acidente de bicicleta no último sábado (15). Ele está de licença médica e a Nasa (agência espacial dos EUA) não divulga informações sobre seu estado de saúde, por questões confidenciais.

Em uma medida rara a tão pouco tempo de uma missão, Kopra foi trocado pelo veterano Stephen Bowen, que foi à ISS (Estação Espacial Internacional) em maio do ano passado, na mais recente missão de um ônibus espacial. Bowen vai assumir as tarefas do colega durante duas caminhadas espaciais previstas para a missão do Discovery.

A substituição de astronautas que voam em ônibus espaciais já foi feita oito vezes nos últimos 30 anos, mas nunca tão perto da decolagem.

Para evitar esse tipo de problema, a Nasa proíbe os astronautas escalados de uma série de atividades como andar de moto, esquiar, pular de paraquedas e fazer voos acrobáticos. Andar de bicicleta não está na lista.

Moléculas fundamentais para a vida na Terra podem ter vindo do espaço


Cientistas da Nasa (agência especial americana) descobriram que os aminoácidos –fundamentais para produção de proteína, a substância usada para formar estruturas básicas nos organismos vivos – podem ter vindo do espaço. O cabelo e as unhas, por exemplo, têm como base a proteína, que também é usada para acelerar ou regular reações químicas.

Os aminoácidos existem de duas formas, sendo uma o espelho da outra, como acontece com as nossas duas mãos. A vida na Terra é baseada exclusivamente na molécula que representaria a mão esquerda, mas os especialistas sabem que a variedade que seria a da mão direita, destra, poderia funcionar perfeitamente como seu par “canhoto”.

O grande desafio dos pesquisadores é descobrir por que a Terra favoreceu o modelo de molécula da mão esquerda.

Em março de 2009, pesquisadores do Centro Goddard de Voo Espacial da Nasa, relataram a descoberta de uma abundante forma de aminoácidos “canhotos” nas amostras de meteoritos que vieram de asteroides ricos em carbono. Isso sugere que a vida desse específico tipo “canhoto” começou no espaço, onde as condições dos asteroides favoreceram a criação dessa forma de aminoácidos. Impactos de meteoritos podem ter fornecido esse material, enriquecido de aminoácidos “canhotos”, para a Terra.

Em nova pesquisa, a equipe revela ter encontrado o mesmo tipo de aminoácido “canhoto” também em abundância numa variedade muito maior de meteoritos ricos em carbono.

Daniel Glavin, do Centro Goddard da Nasa e autor de um artigo científico sobre o assunto publicado na revista científica Meteoritos e Ciência Planetária, diz que a descoberta de 2009 não é um fato isolado.

- Isso nos diz que nossa descoberta inicial não foi um acaso, que realmente havia algo acontecendo no asteroides de onde vieram esses meteoritos que favorece a criação de aminoácidos “canhotos”.

domingo, 16 de janeiro de 2011


Um pedaço de carne assada congelada, o cartão de apresentação do primeiro homem que caminhou na Lua e um calendário da revista Playboy que deu uma volta pelo espaço em 1969 são algumas das curiosidades espaciais americanas colocadas em leilão esta semana.

A coleção foi colocada à venda online pela companhia RR Auctions, com sede em Massachusetts. O leilão, que será realizado ao estilo do site e-Bay, finaliza em 20 de janeiro.

Apesar de os admiradores do espaço não encontrarem os artigos mais desejados - que a Nasa mantém sob sete chaves, como, por exemplo, os trajes espaciais -, muitas das ofertas têm uma relação tangencial e curiosa com o programa espacial.

Um deles é o pedaço de carne assada congelada e hidratada, que fazia parte do cardápio dos astronautas.

Também há uma barra de cereal com morango com a inscrição "comida espacial", elaborado para as missões Mercúrio, Gemini e Apolo, as primeiras que levaram três humanos à órbita até que, depois, com a Apolo 11, chegaram à Lua.

Os lances para os artigos comestíveis começam com R$ 168 (US$ 100).

Um cartão de apresentação de Neil Armstrong, o primeiro a pisar na Lua, já era cotado a R$ 1.008 (US$ 600).

E o calendário fotográfico da Playboy, que mostra uma loura com os seios expostos e um taco de bilhar na mão, que viajou a bordo da missão Apolo 12 e é datado de novembro de 1969, superou rapidamente os 3.000 dólares, o triplo do lance inicial.

Também são oferecidas muitas bandeiras que foram ao espaço, muitas delas americanas, e também uma antiga versão da bandeira espanhola, dos anos 1945-1977, que viajou a bordo da Apolo 14.

E, além disso, também se acha um bloco do escudo térmico de uma nave, parecido com os que foram a origem da explosão do ônibus espacial Columbia em 2003.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Nasa marca nova data para o lançamento do ônibus espacial Discovery


O ônibus espacial Discovery fará em 24 de fevereiro sua última viagem ao espaço, depois de a Nasa (agência espacial americana) ter finalmente encontrado soluções aos problemas técnicos que adiaram o lançamento da nave por oito vezes.

A agência informou que o Discovery partirá às 18h50, no horário de Brasília, do dia 24 de fevereiro rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), em sua última viagem ao espaço e em uma das últimas missões do programa de ônibus espaciais da Nasa.

A Nasa teve de atrasar em várias ocasiões o lançamento do Discovery, que estava previsto inicialmente para 5 de novembro de 2010. O primeiro problema foi um vazamento de hidrogênio. Depois, uma falha elétrica e, posteriormente, a descoberta de rachaduras no tanque de combustível externo durante o processo de enchimento, quando o ônibus espacial estava pronto para iniciar a missão STS-133.

Após dois meses de análise e vários testes, os engenheiros da Nasa determinaram que o problema era uma combinação de fatores de fabricação e do processo de enchimento do tanque, no qual se introduz combustível líquido, principalmente oxigênio e hidrogênio a mais de 100ºC abaixo de zero. A solução encontrada foi instalar reforços estruturais, que devem ficar prontos até o dia 23 de janeiro.

John Shannon, diretor do programa espacial da agência espacial americana, disse estar confiante no lançamento.

Aldebaran

Para aqueles que são facinados pelos mistérios do universo.