quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Teoria das Cordas

Teoria das cordas

A Teoria das cordas (ou teoria das supercordas) é um modelo físico cujos blocos fundamentais são objetos extensos unidimensionais, semelhantes a uma corda, e não por pontos sem dimensão (partículas) que eram a base da física tradicional. Por essa razão, as teorias baseadas na teoria das cordas podem evitar os problemas associados à presença de partículas pontuais (entenda-se de dimensão zero) em uma teoria física tradicional, como uma densidade infinita de energia associada à utilização de pontos matemáticos. O estudo da teoria de cordas tem revelado a necessidade de outros objetos não propriamente cordas, incluindo pontos, membranas, e outros objetos de dimensões mais altas.

O interesse na teoria das cordas é dirigido pela grande esperança de que ela possa vir a ser uma teoria de tudo. Ela é uma possível solução do problema da gravitação quântica e, adicionalmente à gravitação, talvez poderá naturalmente descrever as interações similares ao eletromagnetismo e outras forças da natureza. As teorias das supercordas incluem os férmions, os blocos de construção da matéria. Não se sabe ainda se a teoria das cordas é capaz de descrever o universo como a precisa coleção de forças e matéria que nós observamos, nem quanta liberdade para escolha destes detalhes a teoria irá permitir. Nenhuma teoria das cordas fez alguma nova predição que possa ser experimentalmente testada.

Trabalhos na teoria das cordas têm levado a avanços na matemática, principalmente em geometria algébrica. A teoria das Cordas tem também levado a novas descobertas na teoria da supersimetria que poderão ser testadas experimentalmente pelo Grande Colisor de Hádrons. Os novos princípios matemáticos utilizados nesta teoria permitem aos físicos afirmar que o nosso universo possui 11 dimensões: 3 espaciais (altura, largura e comprimento), 1 temporal (tempo) e 7 dimensões recurvadas (sendo a estas atribuídas outras propriedades como massa e carga elétrica, por exemplo), o que explicaria as características das forças fundamentais da natureza.

O estudo da chamada teoria das cordas foi iniciado na década de 60 e teve a participação de vários físicos para sua elaboração. Essa teoria propõe unificar toda a física e unir a Teoria da relatividade e a Teoria Quântica numa única estrutura matemática. Embora não esteja totalmente consolidada, a teoria mostra sinais promissores de sua plausibilidade.

A teoria em sua forma mais simples
Níveis de Ampliação:
1. Nível Macroscópico - Matéria
2. Nível Molecular
3. Nível Atômico - Prótons, nêutrons, e elétrons
4. Nível Subatômico - Elétron
5. Nível Subatômico - Quarks
6. Nível das Cordas.

Depois de dividir o átomo em prótons, nêutrons e elétrons, os cientistas ainda puderam dividir os prótons e nêutrons em quarks, dos quais existem seis categorias diferentes, das quais apenas três existem atualmente, e que, combinadas, formam todos os tipos de partículas do Universo até hoje previstos. Tal divisão pode repetir-se ad infinitum, pois, ao chegar na última partícula (aquela que, supostamente, seria a indivisível), como saber que ela não seria, também, divisível? (O próprio átomo e, depois, prótons e nêutrons eram indivisíveis até serem efetivamente divididos em partículas menores. O elétron, assim como outros léptons, contudo, até o nível de energia das experiências atuais, parece ser sem estrutura nos moldes do modelo padrão).

O que alguns físicos viram como uma possível solução para este problema foi a criação de uma teoria, ainda não conclusiva, que diz que as partículas primordiais são formadas por energia (não necessariamente um tipo específico de energia, como a eléctrica ou nuclear) que, vibrando em diferentes tons, formaria diferentes partículas. De acordo com a teoria todas aquelas partículas que considerávamos como elementares, como os quarks e os elétrons, são na realidade filamentos unidimensionais vibrantes, a que os físicos deram o nome de cordas. Ao vibrarem as cordas originam as partículas subatómicas juntamente com as suas propriedades. Para cada partícula subatómica do universo, existe um padrão de vibração particular das cordas.

A analogia da teoria consiste em comparar esta energia vibrante com as cordas. As de um violão, por exemplo, ao serem pressionadas em determinado ponto e feitas vibrar produzem diferentes sons, dependendo da posição onde são pressionadas pelo dedo. O mesmo ocorre com qualquer tipo de corda. Da mesma forma, as diferentes vibrações energéticas poderiam produzir diferentes partículas (da mesma forma que uma corda pode produzir diferentes sons sem que sejam necessárias diferentes cordas, uma para cada som).

Einstein e o sonho da unificação da Dimensão Circular

Depois de formular a teoria da relatividade geral, Einstein dedicou praticamente suas últimas três décadas de vida à tentativa de unificar, numa só teoria, a força eletromagnética e a força gravitacional. Uma proposta a que Einstein se dedicou foi a idealizada, independentemente, pelo físico alemão Theodor Kaluza e o sueco Oskar Klein. Nela, além das três dimensões usuais de altura, largura e comprimento, o espaço teria uma dimensão a mais. Mas, diferentemente das três dimensões em que vivemos, cujos tamanhos são infinitos, a dimensão extra da teoria de Kaluza e Klein teria a forma de um círculo com raio muito pequeno. Partículas andando no sentido horário do círculo teriam carga elétrica negativa(como o elétron), enquanto aquelas se movimentando no sentido anti-horário seriam positivas (como o pósitron). Particulas paradas em relação a essa quarta dimensão espacial teriam carga elétrica zero (como o neutrino).

Embora a teoria de Kaluza e Klein unificasse a força gravitacional com a força eletromagnética, ela ainda era inconsistente com a mecânica quântica. Essa inconsistência só seria resolvida 50 anos mais tarde, com o surgimento de uma nova teoria na qual o conceito de partícula como um ponto sem dimensão seria substituído pelo de objetos unidimensionais.Alguns anos depois uma nova teoria foi criada com o mesmo objetivo, a teoria do Tudo que busca unificar todos os campos da fisica quântica, a relatividade de Einstein (que explica que o espaço-tempo se ajusta à velocidade da luz), e o eletromagnetismo com a força da gravidade .
História

A teoria das cordas foi originalmente inventada para explicar as peculiaridades do comportamento do hádron. Em experimentos em aceleradores de partículas, os físicos observaram que o momento angular de um hádron é exatamente proporcional ao quadrado de sua energia. Nenhum modelo simples dos hádrons foi capaz de explicar este tipo de relação. Um dos modelos rejeitados tenta explicar os hádrons como conjuntos de partículas menores mantidas juntas através de forças similares à força elástica. A fim de considerar estas "trajetórias de Regge" os físicos voltaram-se para um modelo onde cada hádron era de fato uma corda rotatória, movendo-se de acordo com a teoria da relatividade especial de Einstein. Isto levou ao desenvolvimento da teoria bosônica das cordas, que ainda é, geralmente, a primeira versão a ser ensinada aos estudantes. A necessidade original de uma teoria viável para os hádrons foi completamente preenchida pela cromodinâmica quântica, a teoria dos quarks e suas interações. Tem-se a esperança agora que a teoria das cordas ou algumas de suas descendentes irão prover uma compreensão mais fundamental dos quarks em si.

A teoria bosônica das cordas é formulada em termos da ação Nambu-Goto, uma quantidade matemática que pode ser usada para predizer como as cordas se movem através do espaço e do tempo. Pela aplicação das ideias da mecânica quântica às ações Nambu-Goto --- um procedimento conhecido como quantização --- pode-se deduzir que cada corda pode vibrar em muitos diferentes modos, e que cada estado vibracional representa uma partícula diferente. A massa da partícula e a maneira que ela pode interagir são determinadas pela forma de vibração da corda --- em essência, pela "nota" que a corda produz. A escala de notas, cada uma correspondente a um diferente tipo de partícula, é denominada o "espectro" da teoria.

Estes modelos iniciais incluem cordas abertas, que têm duas pontas distintas, e cordas fechadas, onde as pontas são juntas de forma a fazer uma volta completa. Os dois tipos de corda diferem ligeiramente no comportamento, apresentando dois espectros. Nem todas as teorias de cordas modernas usam estes dois tipos; algumas incorporam somente a variedade fechada.

Entretanto, a teoria bosônica tem problemas. Mais importante, como o nome implica, o espectro de partículas contém somente bósons, partículas como o fóton, que obedecem regras particulares de comportamento. Ainda que os bósons sejam um ingrediente crítico do universo, eles não são o únicos constituintes. Investigações de como uma teoria poderia incluir férmions em seu espectro levaram à supersimetria, uma relação matemática entre os bósons e férmions, que agora forma uma área independente de estudo. As teorias de cordas que incluem vibrações de férmions são agora conhecidas como teorias das supercordas. Vários tipos diferentes de supercordas têm sido descritos.

Nos anos 90, Edward Witten e outros encontraram fortes evidências de que as diferentes teorias de supercordas eram limites diferentes de uma teoria desconhecida em 11 dimensões, chamada de Teoria-M. Esta descoberta foi a espoleta da segunda revolução das supercordas. Vários significados para a letra "M" têm sido propostos; físicos jocosamente afirmam que o verdadeiro significado só será revelado quando a teoria final for compreendida.

Muitos dos desenvolvimentos recentes nestes campos relacionam-se às D-branas, objetos que os físicos descobriram que também devem ser incluídos em qualquer teoria de cordas abertas.
Propriedades básicas

O termo "teoria das cordas" pode referir-se tanto à teoria bosônica das cordas, com 26 dimensões, como à teoria das supercordas, descoberta pela adição da supersimetria, com suas 10 dimensões. Atualmente, o termo "teoria das cordas" usualmente refere-se à variante supersimétrica, enquanto as anteriores são designadas pelo nome completo "teoria bosônica das cordas'.

Enquanto a compreensão de detalhes das teorias das cordas e supercordas requer uma considerável sofisticação matemática, algumas propriedades qualitativas das cordas quânticas podem ser compreendidas de forma intuitiva. Por exemplo, cordas quânticas têm tensão, da mesma forma que um barbante. Esta tensão é considerada um parâmetro fundamental da teoria e está intimamente relacionada ao seu tamanho. Considere uma corda em loop fechado, abandonada para se mover através do espaço sem forças externas. Esta tensão tenderá a contraí-la cada vez mais para um loop menor. A intuição clássica sugere que ela deva encolher até um simples ponto, mas isto violaria o Princípio da incerteza de Heisenberg. O tamanho característico do loop da corda é um equilíbrio entre a força de tensão, atuando para reduzi-lo, e o princípio da incerteza, que procura mantê-lo aberto. Conseqüentemente, o tamanho mínimo de uma corda deve estar relacionado com a tensão que ela sofre.
As dimensões extras

Um aspecto intrigante da teoria das cordas é que ela prediz o número de dimensões que o universo deve possuir. Nada na teoria de Maxwell do eletromagnetismo ou na Teoria da Relatividade de Einstein faz qualquer tipo de predição a este respeito. Estas teorias requerem que o físico insira o número de dimensões "na mão". A primeira pessoa a adicionar uma quinta dimensão na teoria da relatividade foi o matemático alemão Theodor Kaluza em 1919. A razão para que a quinta dimensão não seja observável (sua compactação) foi sugerida pelo físico suíço Oskar Klein em 1926.

Ao invés disto, a teoria das cordas permite calcular o número de dimensões espaço-temporais a partir de seus princípios fundamentais. Tecnicamente, isto acontece porque a invariância de Lorentz só pode ser satisfeita em um certo número de dimensões. Isto é a grosso modo como dizer que se nós medíssemos a distância entre dois pontos, então girássemos nosso observador para um novo ângulo e a medíssemos novamente, a distância observada somente permaneceria a mesma se o universo tivesse um número particular de dimensões.

O único problema é que quando este cálculo é feito, o número de dimensões do universo não é quatro como esperado (três eixos espaciais e um no tempo), mas vinte e seis. Mais precisamente, a teoria bosônica das cordas tem 26 dimensões, enquanto a teoria das supercordas e a Teoria-M envolvem em torno de 10 ou 11 dimensões. Na teoria de Rambu, as 26 dimensões vêm da famosa equação:

[1-(D-2)/24]=0

Contudo, este modelo parece contradizer fenômenos observados. Físicos usualmente resolvem este problema de duas formas diferentes. A primeira é a compactação das dimensões extras, i.e., as 6 ou 7 dimensões extras são tão pequenas que não são detectadas em nossos experimentos. Obtém-se a solução de modelos hexadimensionais espaços Calabi-Yau. Em 7 dimensões, elas são chamadas distribuições G2. Essencialmente estas dimensões extras estão "compactadas" pelo seu enrolamento sobre elas mesmas.

Uma analogia padrão para isto é considerar um espaço multidimensional como uma mangueira de jardim. Se se observar a mangueira de uma distância considerável, ela aparenta ter somente uma dimensão, o comprimento. Isso é semelhante às quatro dimensões macroscópicas com as quais estamos acostumados a lidar em nosso dia a dia. Se, no entanto, nos aproximarmos o suficiente da mangueira, descobrimos que ela contém uma segunda dimensão, sua circunferência. Esta "dimensão extra" é somente visível dentro de uma área relativamente próxima da mangueira, justo como as dimensões extras do espaço Calabi-Yau são visíveis a distâncias extremamente pequenas e, portanto não são facilmente detectáveis.

Certamente, cada mangueira de jardim existe nas 3 dimensões espaciais, mas por propósito de analogia, pode-se negligenciar a espessura e considerar somente a noção de superfície da mangueira. Um ponto na superfície da mangueira pode ser especificado por dois números, uma distância ao longo da circunferência, tal como um ponto da superfície da Terra pode ser especificado pela latitude e longitude. Em ambos os casos, diz-se que o objeto tem duas dimensões espaciais. Como a Terra, mangueiras de jardim possuem um interior, uma região que requer uma dimensão extra. No entanto, diferentemente da Terra, um espaço de Calabi-Yau não tem interior.

Outras possibilidades é que nós estejamos presos em subespaço com 3+1 dimensões de um universo com mais dimensões, onde o "3+1" faz-nos lembrar que o tempo é um tipo diferente de dimensão espacial. Como isso envolve objetos chamados D-branas, esta teoria é conhecida como mundo de brana.

Em ambos os casos, a gravidade atuando nas dimensões ocultas produz as outras forças não-gravitacionais tais como o eletromagnetismo. Em princípio, portanto, é possível deduzir a natureza destas dimensões extras pela necessidade de consistência com o modelo padrão, mas esta não é ainda uma possibilidade prática.
Problemas

A teoria das cordas permanece não verificada. Nenhuma versão da teoria das cordas fez ainda uma predição diferente de alguma feita por outras teorias; ao menos, nenhuma que pudesse ser verificada por um experimento atualmente realizável. Neste sentido, a teoria das cordas está em "estado larval": ela possui muitos aspectos de interesse matemático, e isto ainda deve se tornar de suprema importância para nossa compreensão do universo, mas isto ainda vai requerer mais desenvolvimentos para ser aceito ou negado. Uma vez que a teoria das cordas não possa ser testada em um futuro próximo, alguns cientistas têm se perguntado se ela merece mesmo ser chamada de uma teoria científica: ela não é ainda um teoria rejeitável ou falseável no sentido dado por Popper.

Isto não significa que ela seja a única teoria corrente que começou a ser desenvolvida que oferece estas dificuldades. Muitos novos desenvolvimentos podem passar através de um estágio de incerteza antes de se tornarem conclusivamente aceitos ou rejeitados. Como assinalado por Richard Feynman em The Character of Physical Law, o teste chave da teoria científica é se suas conseqüências concordam com as medições que obtivemos do experimento. Isto significa que não importa quem inventou a teoria, "qual é o seu nome", ou mesmo qual apelo estético a teoria venha ter. "Se ela não está de acordo como os experimentos, ela está errada." (Certamente, haveria outras possibilidades: alguma coisa pode estar errada com os experimentos, ou talvez tenha se cometido um erro ao prever as conseqüências da teoria. Todas estas possibilidades devem ser verificadas, o que pode tomar um tempo considerável). Estes desenvolvimentos podem se dar na teoria em si, tais como novos métodos de realizar os cálculos e produzir previsões, ou devem ocorrer nos experimentos em si, que passam a exibir quantidades antes imensuráveis.

A humanidade não tem atualmente tecnologia para observar as cordas (que se acredita terem aproximadamente o Comprimento de Planck, em torno de 10−35 m). Em algum momento poderemos ser capazes de observar as cordas de uma forma significativa, ou ao menos obter uma percepção mais substancial pela observação de fenômenos cosmológicos que elucidem a física das cordas.

No início dos anos 2000, teóricos da teoria das cordas retomaram seu interesse em um velho conceito, a corda cósmica. Originalmente discutida nos anos 1980, cordas cósmicas são objetos diferentes em relação às entidades da teoria das supercordas. Por vários anos, cordas cósmicas eram um modelo popular para explicar vários fenômenos cosmológicos, tais como o caminho que foi seguido para a formação das galáxias no início do universo. Apesar disso, novos experimentos — em particular medições detalhadas da radiação cósmica de fundo — falharam em apoiar as predições do modelo da corda cósmica e ela saiu de moda. Se tais objetos existiram, eles devem ser raros e bem esparsos. Vários anos mais tarde, foi apontado que a expansão do universo poderia ter esticado a corda fundamental (do mesmo tipo considerado pela teoria das supercordas) até que ela atingisse o tamanho intergaláctico. Tal corda esticada pode exibir muitas propriedades da variação da velha corda "cósmica", tornando os velhos cálculos úteis novamente. Além disto, as teorias modernas das supercordas oferecem outros objetos que poderiam ter uma razoável semelhança com cordas cósmicas, tais como D-branas unidimensionais altamente alongadas (conhecidas como "D-cordas"). Como o teórico Tom Kibble comenta, "cosmologistas da teoria das cordas têm descoberto cordas cósmicas observando em todos os lugares escondidos". Velhas propostas para detecção de cordas cósmicas podem agora ser usadas para investigar a teoria das supercordas. Por exemplo, astrônomos têm também detectado uns poucos casos do que podem ser lentes gravitacionais induzidas por cordas.

Super-cordas, D-cordas ou outros tipos de corda esticadas na escala intergaláctica devem irradiar ondas gravitacionais, que podem ser presumivelmente detectadas usando experimentos como o LIGO. Elas também devem causar ligeiras irregularidades na radiação de microondas de fundo, muito sutis para terem sido detectadas ainda, mas na esfera das possíveis observações no futuro.

Embora intrigantes, estes propósitos cosmológicos falham em um sentido: testar uma teoria requer que o teste seja capaz de derrubar (ou provar falsa) uma teoria. Por exemplo, se a observação do Sol durante um eclipse não tivesse mostrado que a gravidade é capaz de desviar a luz, teria sido provado que a teoria da relatividade geral de Einstein era falsa (eliminando, é claro, a chance de erro experimental). Não encontrar cordas cósmicas não demonstraria que a teoria das cordas é fundamentalmente errada — meramente que a ideia particular de uma corda altamente esticada atuando "cosmicamente" é um erro. Enquanto muitas medições podem, em princípio, ser feitas para sugerir que a teoria das cordas está no caminho certo, os cientistas ainda não divisaram um "teste" confiável.

Em um nível mais matemático, outro problema é que, como a teoria quântica de campos, muito da teoria das cordas é ainda somente formulado através da técnica da perturbação (isto é, como uma série de aproximações ao invés de uma solução exata). Embora técnicas não-perturbativas tenham tido um progresso considerável — incluindo definições de conjecturas completas envolvendo tempo-espaço satisfazendo princípios assintóticos — a definição de uma teoria não-perturbativa completa é uma lacuna a ser preenchida.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010











Boletim de Atividade Solar

tempestades solares
Prognóstico para 12/08 até 14/08

A tabela abaixo mostra a probabilidade de ocorrência de flares solares de classe M e X nos próximos 3 dias.

FLARE 24 h 48 h 72 h
CLASSE M 01% 01% 01%
CLASSE X 01% 01% 01%

Tempestades Geomagnéticas
Previsão para 12/08 até 14/08

A tabela a seguir mostra a previsão de ocorrência de tempestades geomagnéticas nas latitudes médias e altas nas próximas 72 horas.

INTENSIDADE Latitudes Médias Latitudes Altas
24 h 48 h 72 h 24 h 48 h 72 h
ATIVA 10% 10% 10% 10% 10% 10%
MENOR 01% 01% 01% 01% 01% 01%
MAIOR 01% 01% 01% 01% 01% 01%


Dados Atuais - 21:19 BRT
A velocidade do vento solar medida pelo satélite SOHO é de 349 km/s. O número de manchas solares informado é de 56 para um fluxo solar de 86.

A imagem acima, transmitida pelo satélite SOHO mostra a coroa solar vista através do coronógrafo de ângulo largo, LASCO C3. Nesta imagem é possível acompanhar os flares solares, acompanhados de ejeções de massa coronal. Estrelas e planetas também podem ser vistos na imagem.







Tempestades Geomagnéticas

Explicação

A linha vermelha exibida no gráfico mostra o Fluxo de Raios X registrado pelo satélite GOES-14 no comprimento de onda entre 1 e 8 angstrons. Dentro desta região do espectro, os flares solares produzem picos que permitem classificar a intensidade da tempestade solar.

Picos superiores a 10-5 já são considerados tempestades. Maiores que 10-4 são tempestades de classe X, bastante intensas.

Do lado direito do gráfico existe a correlação entre o fluxo de raios X e os flares solares. Flares de Classe X podem provocar blackouts de radiopropagação que podem durar diversas horas ou até mesmo dias.

As rajadas da Classe M são de tamanho médio e também causam blackouts de radiocomunicação que afetam diretamente as regiões polares. Rajadas de Classe C ou inferiores são fracas e pouco perceptíveis aqui na Terra.





Índice KP da Atividade Solar

Explicação

O gráfico acima mostra o Índice KP de atividade solar e é atualizado a cada 3 horas.

Os valores são derivados do tradicional Índice K, informados por uma série de magnetômetros instalados principalmente no Canadá e EUA. O índice retrata diretamente a intensidade do fluxo solar e as perturbações causadas na alta atmosfera terrestre, principalmente a ionosfera.

O Índice KP varia conforme a hora do dia, época do ano e também com a posição da Terra em relação ao Sol. Também existe relação direta com a quantidade de manchas solares. Quanto mais alto o índice, mais ruidoso está o Sol e mais radiação ionizante atinge a Terra.

Quando o índice KP está abaixo de 5 as condições da ionosfera estão quietas. Acima desse número já ocorrem tempestades geomagnéticas, sendo que números acima de 6 já são considerados preocupantes e diversas empresas e instituições são alertadas sobre a possibilidade de interferências e danos em equipamentos.
Previsão da Atividade Solar Futura

Explicação

Este gráfico, atualizado mensalmente, mostra o progresso e a previsão da atividade solar ao longo dos anos.

O eixo vertical indica o fluxo solar no comprimento de onda de 10.2 cm (2800 MHz). Esse número varia dentro de uma margem que vai de 60, quando não há manchas solares, até até 300, quando o Sol apresenta muitas manchas.

O eixo horizontal é o progresso da atividade ao longo dos anos, desde o passado até o atual momento e se estende por diversos anos no futuro.

A linha vermelha mostra a previsão da atividade futura, baseada em dados históricos coletados até o mês anterior ao atual.

Conclusão
Baseado na atual previsão, informada no topo do gráfico, vemos que o pico da atividade solar do ciclo atual ocorrerá em maio de 2013.
Os valores calculados mostram que o fluxo solar ficará entre 132 e 150 , com o máximo previsto de 100 manchas solares .

Downloads

Cursos


Curso de astronomia do Observatório Nacional

Download

Informações Gerais

O que é o curso a distância de Astrofísica do Sistema Solar

A Divisão de Atividades Educacionais do Observatório Nacional dando continuidade ao seu projeto de "Ensino a Distância", apresentada aos leitores da revista Café Orbital o curso "Astrofísica do Sistema Solar".

Não é necessário qualquer conhecimento prévio de astronomia para acompanhar o nosso curso a distância uma vez que ele está voltado para um público não especializado em ciências exatas. Nosso objetivo é difundir e atualizar o conhecimento científico de todas as pessoas interessadas em astronomia.

Devido à sua característica abrangente, durante o curso abordaremos, várias vezes, assuntos muito básicos, o que não deve ser entendido pelos professores participantes ou por aqueles que já possuem bons conhecimentos de astronomia como um demérito à sua competência. Para estes haverá seções especiais, optativas, onde alguns assuntos serão apresentados de modo bem mais técnico.




Livros
O Universo Numa Casca de Noz (Stephen Hawking)
Download

O físico Stephen Hawking, autor do best seller "Uma breve história do tempo", volta a escrever, em uma linguagem simples, sobre os princípios que gerem o universo.

A teoria da relatividade, a mecânica quântica, o princípio da incerteza, a teoria-M e as p-branas são explicadas de forma bem-humorada e compõe o que o físico chama de a Teoria de Tudo.








Programas
Stelarium 0.10.5
Download
Informações
As chances são de que muitas pessoas não ouviram falar de Stellarium embora seja muito similar a uma das peças mais populares de software disponível hoje, a AI Google Earth. Embora o Google, o software permite que você Aos foco na terra de um ponto de partida no espaço exterior, Stellarium inverte sua perspectiva e coloca-lo em qualquer ponto da Terra, a superfície AOS, olhando para cima e para fora no espaço profundo.

Uma característica interessante no Stellarium é que com o passar do tempo, o sistema virtual star vai evoluir, com o sol e as constelações diferentes tornando-se mais proeminente no céu da noite escura. Você tem uma seleção de efeitos visuais que você pode ligar ou desligar, como a atmosfera, ou traçar linhas para os sistemas de estrelas. coisas impressionantes por alguns minutos, mas depois, Äôve tem a essência geral do que envolve Stellarium, você, Äôll rapidamente pneu de zoom out até às estrelas distantes e observar como eles se movem lentamente na tela.

Embora o Google Earth traz para você fotos detalhadas de nosso planeta, a superfície AOS, Stellarium só pode obter uma representação de resolução muito menor do sistema solar, planetas AOS, sem mencionar o fato de que as estrelas são limitadas a simples pontos brancos fechando através do céu. Com mais de 120 mil estrelas com precisão plotados neste planetário virtual, que, AOS óbvio que muito trabalho foi na sua criação. Contudo, o nível insuportável Stellarium de detalhe é provável que só apelar para a estrela real gazers die-hard.

A idéia por trás Stellarium é bom na teoria, mas quando vem para baixo a maioria das pessoas vê-lo como pouco mais do que um protetor de tela, smart interativo. Dito isto, se você tem uma afinidade para a astronomia, gostaria de aprender as constelações, ou simplesmente desfrutar assistindo-do-sol bonito, então Stellarium é para você.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A ESTRUTURA DO UNIVERSO

O SISTEMA SOLAR



Nosso planeta se encontra a 150 milhões de quilômetros do Sol. A velocidade da luz no vácuo é de 300.000 quilômetros por segundo, o que faz com que a luz gaste 8 minutos para sair do Sol e chegar à Terra. Dizemos assim que a nossa distância ao Sol é de 8 minutos-luz ou 0,000.016 anos-luz (8 minutos é igual a 16 milésimos de milésimo do ano). O planeta mais distante no sistema solar, Plutão, está a 0,000.62 anos-luz do Sol. Se tomarmos o sistema solar como nossa casa, dizemos que essa tem um diâmetro de 0,001.24 anos-luz.



A VIA LÁCTEA



Andrômeda

ANDRÔMEDA, uma galáxia espiral como a Via Láctea



À noite, olhando o céu, percebemos que estamos avizinhados em todas as direções por um número incalculável de estrelas, semelhantes ao nosso Sol. A estrela mais próxima do Sol se chama Próxima Centauro e está a 4,2 anos-luz de nós. Encontramos 20 estrelas dentro de um raio de 20 anos-luz do Sol, distribuídas de forma aleatória. Essas estrelas são como casas em nosso quarteirão. Houve uma época que a humanidade pensava estarem as estrelas distribuídas aleatoriamente por todo o universo. Hoje sabemos que as estrelas se reúnem em grupos imensos, com formas e movimentos característicos. A esses grupos damos o nome de galáxias. A nossa galáxia, que recebe o nome de Via Láctea, é constituída por centenas de milhões de estrelas e tem um diâmetro de 100.000 anos-luz. A Via Láctea está para o universo assim como nossa cidade está para o planeta Terra.



AGLOMERADOS E SUPER AGLOMERADOS GALÁCTICOS



AGLOMERADO de galáxias fotografados pelo Telescópio Espacial Hubble



Também as galáxias se reúnem em grupos. A Via Láctea faz parte de um extenso aglomerado de 20 galáxias ao qual chamamos Grupo Local. O diâmetro do Grupo Local é de aproximadamente 4 milhões de anos-luz. Próximos ao Grupo Local, também em todas as direções, encontramos vários e vários outros aglomerados. Os aglomerados galácticos também se reúnem em grupos. O Grupo local juntamente com algumas dezenas de outros aglomerados constituem o que chamamos Super Aglomerado Local. O Grupo Local se encontra próximo à borda do Super Aglomerado Local que tem um diâmetro de 150 milhões de anos-luz. Dentro da analogia que estamos fazendo o Aglomerado Local seria equivalente a nosso Estado, Minas Gerais, e o Super Aglomerado Local a nosso país, Brasil.



O UNIVERSO CONHECIDO



Como uma conseqüência da "Grande Explosão" que deu origem ao universo, vemos todo o universo em expansão. (Veja abaixo) O Super Aglomerado Local é também avizinhado em todas as direções por outros aglomerados e super aglomerados, que se movem afastando-se uns dos outros. Quanto mais distante um corpo se encontra de outro, maior é essa velocidade de afastamento. Através do horizonte observável detectamos, além de uma radiação uniforme também proveniente da "Grande Explosão Cósmica", pontos de grande intensidade de radiação aos quais denominamos quasares. São esses os objetos mais distantes observados. Os mais longínquos, a aproximadamente 16 bilhões de anos-luz, estão se afastando de nós com uma velocidade superior a 90% da velocidade da luz. Pela ciência atual a velocidade da luz é uma velocidade limite; atingível apenas por corpos muito especiais, como o fóton, que não têm massa. Os quasares estariam assim próximos ao limite do universo.



OLHANDO PARA O PASSADO



Quanto mais distante vemos um objeto, mais no passado estamos observando-o. Se ocorrer uma explosão no Sol agora só a veremos daqui 8 minutos. A Próxima Centauro que estamos vendo agora é na realidade a Próxima Centauro de 4,2 anos atrás. Da mesma forma, a luz que detectamos hoje desses quasares foi emitida a bilhões de anos atrás, antes mesmo da nossa galáxia existir. Não detectamos nenhum quasar nas proximidades de nosso super aglomerado simplesmente porque eles não existem mais. Muito possivelmente os quasares são os objetos que deram origem à estrutura de super aglomerados, aglomerados e galáxias que descrevemos acima. Dentro de nossa analogia o universo conhecido é assim equivalente a nosso planeta Terra.





COSMOLOGIA

O UNIVERSO COMO UM TODO



DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO PROPICIA AVANÇOS NO ESTUDO DO COSMO

Divina Mourão*



Pesquisas atuais, desenvolvidas em várias partes do mundo, inclusive no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF/RJ), têm procurado confirmar a hipótese formulada no início do século sobre a origem do universo, a partir de uma grande explosão (BIG BANG), resultando na formação da matéria, do tempo e do espaço. Essa é a área da cosmologia, campo do conhecimento que trata do estudo do universo como um todo, ciência milenar que, por estudar o muito complexo é considerada também muito complexa, exigindo de quem se dedica a ela um grau de abstração muito grande.

Pós-graduado na Teoria Geral da Relatividade, de Einstein - que tem relação íntima com a cosmologia atual - o professor do Departamento de Física da UFMG, Túlio Jorge dos Santos, explica que como conseqüência dessa grande explosão, o universo se encontraria em expansão, o que é verificado por observação através da espectroscopia da luz emitida por objetos distantes (efeito Doppler). Outro resultado da explosão inicial: o universo visto em larga escala seria homogêneo, embora ainda não haja comprovação experimental a esse respeito.

Qual é a idade do universo? O professor Túlio Jorge salienta que essa é também uma questão muito debatida pelos cosmólogos atuais. Até cinco anos atrás, acreditávamos que o universo tinha cerca de 20 bilhões de anos. Hoje, essa idade foi encurtada para 16 bilhões, com base em observações de estrelas indicadoras de distância (Cefeidas), em aglomerados galácticos vizinhos, efetuadas pelo telescópio espacial Hubble.

A Teoria Geral da Relatividade tem sido a principal ferramenta utilizada para o entendimento do modelo cosmológico atual. A relação entre relatividade e cosmologia tem sido tão íntima que um avanço na relatividade acarreta imediatamente um avanço na cosmologia, e vice-versa, diz o professor Túlio Jorge, salientando também que os novos avanços tecnológicos têm propiciado um grande desenvolvimento da pesquisa experimental, notadamente na engenharia de grandes aceleradores de partículas.

Estudo de colisões de partículas subatômicas, altamente energéticas, produzidas por esses aceleradores, têm clareado muitos pontos da Teoria da Relatividade, afirma o físico. Ele acrescenta que tais experimentos, juntamente com outros na área de relatividade, propiciam aos estudiosos um maior entendimento das ondas gravitacionais, dos neutrinos e grávitons, considerados presenças importantes no cenário cosmológico atual, de tal forma que podemos dizer que nosso entendimento do macro está andando de mãos dadas com nosso entendimento do micro.

Foi descoberto o maior planeta conhecido no Universo


Imagem gerada por computador do TrES-4 e do seu sol

Cientistas descobriram o maior planeta conhecido até agora, uma bola gigante constituída principalmente por hidrogénio, 20 vezes maior do que a Terra e que circunda uma estrela na Constelação de Hércules, a 1.400 anos-luz.

Os cientistas acreditam que o planeta é 1,7 vezes o diâmetro de Jupiter, o maior planeta do sistema solar, e tem uma temperatura de 1.260 graus Celsius.


"Provavelmente não existe uma superfície firme no planeta. Afundar-nos-iamos nele", disse Georgi Mandushev, um dos investigadores do Lowell Observatory e principal responsável por um artigo a anunciar a descoberta, publicado segunda-feira no Astrophysical Journal Letters. O planeta, de baixa densidade, foi descoberto pelo Lowell Observatory em conjunto com o California Institute of Technology's Palomar Observatory e telescópios colocados nas Ilhas Canárias, Espanha.

Os astrónomos já tinham sinalizado o novo planeta, chamado TrES-4, na Primavera de 2006, descoberta que foi confirmada mais tarde por cientistas da Universidade de Harvard e do W.M. Keck Observatory, no Havai. Os cientistas estão ainda a trabalhar na possibilidade de existirem mais planetas na mesma constelação.

"É possível! Não sabemos o que acontece lá. É possível existir lá outro planeta, o que seria incrível", disse Mandushev. O Lowell Observatory ficou conhecido pela descoberta, em 1930, de Plutão, recentemente "despromovido" de planeta a planeta-anão.

Aldebaran

Para aqueles que são facinados pelos mistérios do universo.