quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Explosão de estrela forma “bola de árvore de Natal” no espaço



O Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, capturou a imagem de uma fina esfera vagando pelo espaço – segundo a agência, o objeto parece um enfeite de Natal. Essa bolha de gás, que tem cerca de 217 trilhões de km de diâmetro, formou-se após a explosão de uma estrela na Grande Nuvem de Magalhães, uma pequena galáxia que fica próxima à Via Láctea, onde a Terra está localizada.

Essa bola está se expandindo a 18 milhões de km/h. A imagem divulgada é uma combinação entre fotos feitas pelo telescópio em 2006 e em 2010.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Sonda que está no espaço há 33 anos se aproxima da fronteira do Sistema Solar



A sonda espacial americana Voyager 1 alcançou a fronteira do Sistema Solar, onde os ventos solares não sopram mais ao exterior. A sonda e sua sucessora, a Voyager 2, foram lançadas em 1977 e desde então têm transmitido um importante volume de informações sobre planetas que estão em outros sistemas.

Os pesquisadores da Nasa (agência espacial americana) estimam que a Voyager 1 deixará o Sistema Solar dentro de quatro anos para entrar no meio interestelar, fora da influência magnética do Sol.

Por enquanto, o Voyager 1 está a 17,4 bilhões de km do Sol, "em uma zona onde a velocidade do gás quente ionizado que emana do Sol cai para zero", diz a Nasa.

A Nasa já tinha descoberto, em junho, que esses ventos caíam a zero, mas quis confirmar esta descoberta avançando na análise de dados. Rob Decker, um dos cientistas encarregado da missão, diz que os dados o deixaram "estupefato".

– A Voyager, essa sonda que trabalha como uma mula há 33 anos, nos mostra mais uma vez algo completamente novo.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Saiba porque Júpiter perdeu uma de suas faixas


Causas desconhecidas

Júpiter perdeu uma das suas listras mais proeminentes, deixando o seu hemisfério sul estranhamente vazio.

Os cientistas ainda não sabem o que provocou o desaparecimento da gigantesca faixa escura. A aparência de Júpiter é tipicamente marcada por duas faixas escuras em sua atmosfera – uma no hemisfério norte e outra no hemisfério sul.

Mas as imagens mais recentes, feitas por astrônomos amadores, mostram que a faixa sul simplesmente desapareceu.

Mistério

A faixa estava lá no final de 2009, antes que Júpiter se movesse para perto demais do Sol para ser observado da Terra.

Quando o planeta emergiu do ofuscamento causado pelo brilho do Sol, contudo, no início de Abril, o cinturão sul simplesmente havia desaparecido.

Segundo a revista New Scientist, esta não é a primeira vez o cinturão sul de Júpiter desaparece. Ele ficou sumido em 1973, quando a sonda espacial Pioneer 10 tirou as fotos mais próximas do planeta já feitas até então. Ele sumiu temporariamente de novo no início de 1990.

Camadas de nuvens

As faixas de Júpiter podem normalmente parecer escuras simplesmente pela falta, nesta região, das nuvens de grandes altitudes, mais claras, presentes nas outras regiões, revelando as nuvens escuras abaixo.

“Você está olhando para diferentes camadas da estrutura de nuvens do planeta,” disse Glenn Orton, do Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA, em entrevista à revista.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Ministro diz que astronomia e astronáutica devem ser mais discutidas nas escolas


O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse quinta-feira (8/07/2010) que assuntos como astronomia, astronáutica e mudanças climáticas devem estar cada vez mais inseridos nas atividades curriculares da rede pública de ensino.

- Estamos tendo a chance de fazer agora o que deveríamos ter feito a tempos atrás. Estamos recuperando nossa capacidade de desenvolvimento educacional.
A afirmação do ministro foi feita durante a cerimônia de lançamento dos três volumes dos livros que compõem a Coleção Explorando o Ensino. As publicações se referem à astronomia, astronáutica e a mudanças climáticas e farão parte do currículo escolar da rede pública.

Fazem parte da coleção os volumes 11 e 12, intitulados Fronteira Espacial – Astronomia e Astronáutica e 13, intitulado Mudanças Climáticas. Mais de 73 mil exemplares de cada volume foram distribuídos em escolas públicas de todo Brasil.

Segundo um dos escritores dos livros e jornalista cientifico, Salvador Nogueira, a elaboração dos livros representa uma conquista e contribuição significativa para a educação pública.

- É uma pena que a astronomia não esteja tão presente nas escolas. Essas publicações são uma maneira de trazer para as escolas parte da ciência que antes não era vista.

O lançamento é iniciativa da Agência Espacial Brasileira em parceria com o Ministério da Educação

Aldebaran e Casf promovem palestra no Ceja José Walter





No dia 03 de dezembro de 2010 o Aldebaran e o Casf (Clube de Astronomia de Fortaleza) realizaram no CEJA José Walter promoveram palestra proferida pelo professor Heliomarzio Rodrigues Moreira professor e diretor do obiservatorio do Colégio 7 de setembro, tema: "A Astronomia na formação do cidadão e da consciência planetária". Na ocasião, também foi entregue os certificados e medalhas aos participantes da OBA(Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica) na escola.

Ciclo de palestras no planetário Rubens de Azevedo


Aldebaran participa do ciclo de palestra do planetário Rubens de Azevedo nos dias dia 23 de novembro, tema: "O UNIVERSO É FINITO?", com o prof. Dr. Kepler Oliveira Pós-Doutorado em Astrofísica Estelar pela University of Texas, Estados Unidos e Universite de Montreal no Canadá e trabalha com estrelas anãs brancas. No dia dia 24 de novembro, tema: "GALÁXIAS NO UNIVERSO" com a Profa. Dra. Fátima Saraiva Pós-doutorado em Astrofísica Extragaláctica pela University Of Texas At Austin e trabalha com formação de professores para o ensino de Astronomia e no dia 9 de dezembro, tema: "PROCURA DE VIDA NO UNIVERSO", Prof. Dr. Augusto Damineli Pós-Doutorado em Astrofísica Estelar pelo Istituto Di Astrofísica Spaziale em Roma/Itália e trabalha em origem e evolução de estrelas de alta massa e descobriu os "apagões" cíclicos na estrela Eta Carinae.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A Astronomia na formação do cidadão e da consciência planetária


Palestra com o Professor Heliomárzio Rodrigues Moreira, diretor do Observatório do Colégio 7 de setembro e membro da SBAA - Sociedade Brasileira dos Amigos da Astronomia e do CASF - Clube de Astronomia de Fortaleza.

Na ocasião ocorrerá a entrega de certificados e medalhas da OBA - Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica aos alunos inscritos no CEJA e na EEP. ONÉLIO PORTO.
Participação do grupo de astronomia do bairro José Walter (ALDEBARAN)

Dia 03 de dezembro às 18h30
Local: Av.L 2°Etapa no Ceja José Walter

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Altura média da órbita da Estação Espacial Internacional será elevada em 900 m


A altura média da órbita da Estação Espacial Internacional (ISS) será elevada na próxima quarta-feira (20) em 900 m para garantir boas condições de acoplamento em novembro para o ônibus espacial Discovery, informou nesta terça-feira (19) o centro de controle de voos espaciais (CCVE) da Rússia por meio de um comunicado citado pela agência de notícias Interfax.

Valeri Lindin, porta-voz do CCVE, detalhou o horário da operação.

- Os oito propulsores de acoplamento e orientação da nave Progress M-07M, ligada ao módulo de serviço Zvezda, serão elevados às 23h41 no horário de Moscou [17h41, no horário de Brasília] e funcionarão durante 228,7 segundos.

Ele disse ainda que "como resultado da manobra, a velocidade de voo da estação aumentará em 0,5 metro por segundo" e que a altura média da órbita terá sido elevada em 900 m até os 353,3 km.

Está previsto que o Discovery, com seis astronautas da Nasa (agência espacial americana) a bordo, se acople à plataforma em 1º de novembro às 23h40 horário de Moscou (18h40, no horário de Brasília).

No final de maio deste ano, a ISS teve sua órbita reposicionada para permitir o retorno à Terra da nave russa Soyuz TMA-17. Em abril, a altura da órbita da estação ficou 5,2 km mais alta para o acoplamento do cargueiro Progress M-05M que aconteceu alguns dias depois.

Construída a partir de um projeto de US$ 100 bilhões (R$ 169 bilhões) que envolve 16 nações desde 1998, a ISS funcionará pelo menos até 2020. A plataforma serve para testar experiências científicas e a capacidade humana para viagens em longas distâncias.

Sonda da Nasa se prepara para encontrar cometa no espaço


A sonda Deep Impact (impacto profundo, em inglês), da Nasa (agência espacial dos EUA), se prepara para fotografar de perto o cometa Hartley 2, no dia 4 de novembro. Essa será apenas a quinta vez que um equipamento desse tipo chega tão perto de um cometa a ponto de fazer imagens de seu núcleo.

Os cometas em geral têm órbitas bastante longas: eles vão até bem longe do Sol e depois chegam bem perto. Quando a Deep Impact encontrar o Hartley 2, o objeto especial vai estar se aquecendo após a parte “gelada” de sua viagem pelo espaço. Por isso, a expectativa é que o gelo no núcleo do cometa esteja virando vapor rapidamente. Também são esperados jatos de poeira e gás.

O objetivo da sonda, que vai ficar a 700 km do Hartley 2, é obter detalhes sobre o núcleo do cometa e compará-lo com outros. Como esses objetos passam muito tempo longe do Sol, o frio faz com que eles tenham a estrutura bastante preservada – os cometas fornecem informações sobre a formação do Sistema Solar.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Nave que vai levar turistas ao espaço faz 1º voo "solo"




O veículo de turismo espacial criado pela empresa do bilionário britânico Richard Branson teve sucesso, neste domingo (11), no primeiro voo de teste não conectado à nave-mãe. O experimento aconteceu na Califórnia, nos Estados Unidos.

A nave espacial havia feito um primeiro voo de teste em março, mas sob a asa da nave-mãe White Knight Two. Dessa vez, a nave VSS (Virgin Space Ship Enterprise) se separou da nave-mãe a 13,7 mil metros de altura. A bordo da espaçonave estavam o piloto Pete Siebold e o copiloto Mike Alsbury.

Os dois objetivos principais do voo eram se separar da nave-mãe e, para os dois pilotos, assumir o comando da nave e pousá-la em uma base aérea do deserto de Mojave, 130 km de Los Angeles.

Branson, dono da Virgin, diz que a nave estará em condições de oferecer os primeiros voos no espaço em 18 meses. Ele informou que os futuros passageiros do veículo já pagaram R$ 335 mil (US$ 200 mil) pelo passeio.
A Virgin Galactic, que deseja ser a primeira empresa comercial de turismo espacial, já investiu R$ 75 milhões (US$ 45 milhões) de 330 clientes que reservaram vagas na nave de seis lugares.

Fonte:http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/noticias/nave-que-vai-levar-turistas-ao-espaco-faz-1-voo-solo-20101011.html

sábado, 18 de setembro de 2010

Noite internacional de observação da Lua no Observatório do colégio 7 setembro


Evento acontece neste sábado, 18 de setembro

A Noite Internacional de Observação Lunar (The International Observe the Moon Night)


Em todo o mundo, a comunidade astronômica profissional e amadora, entusiastas da exploração espacial e o público em geral terão, nesta noite, sua atenção voltada para a Lua.

Antes da observação, no sábado, os visitantes do evento participaram de uma palestra havendo aprsentação dos clubes de astronomia,iclusive o nosso.Às 18h, foi iniciada o momento de observação nos telescópios,observamos júpter(e 5 luas),urano,vênus e obviamente a lua.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Teoria das Cordas

Teoria das cordas

A Teoria das cordas (ou teoria das supercordas) é um modelo físico cujos blocos fundamentais são objetos extensos unidimensionais, semelhantes a uma corda, e não por pontos sem dimensão (partículas) que eram a base da física tradicional. Por essa razão, as teorias baseadas na teoria das cordas podem evitar os problemas associados à presença de partículas pontuais (entenda-se de dimensão zero) em uma teoria física tradicional, como uma densidade infinita de energia associada à utilização de pontos matemáticos. O estudo da teoria de cordas tem revelado a necessidade de outros objetos não propriamente cordas, incluindo pontos, membranas, e outros objetos de dimensões mais altas.

O interesse na teoria das cordas é dirigido pela grande esperança de que ela possa vir a ser uma teoria de tudo. Ela é uma possível solução do problema da gravitação quântica e, adicionalmente à gravitação, talvez poderá naturalmente descrever as interações similares ao eletromagnetismo e outras forças da natureza. As teorias das supercordas incluem os férmions, os blocos de construção da matéria. Não se sabe ainda se a teoria das cordas é capaz de descrever o universo como a precisa coleção de forças e matéria que nós observamos, nem quanta liberdade para escolha destes detalhes a teoria irá permitir. Nenhuma teoria das cordas fez alguma nova predição que possa ser experimentalmente testada.

Trabalhos na teoria das cordas têm levado a avanços na matemática, principalmente em geometria algébrica. A teoria das Cordas tem também levado a novas descobertas na teoria da supersimetria que poderão ser testadas experimentalmente pelo Grande Colisor de Hádrons. Os novos princípios matemáticos utilizados nesta teoria permitem aos físicos afirmar que o nosso universo possui 11 dimensões: 3 espaciais (altura, largura e comprimento), 1 temporal (tempo) e 7 dimensões recurvadas (sendo a estas atribuídas outras propriedades como massa e carga elétrica, por exemplo), o que explicaria as características das forças fundamentais da natureza.

O estudo da chamada teoria das cordas foi iniciado na década de 60 e teve a participação de vários físicos para sua elaboração. Essa teoria propõe unificar toda a física e unir a Teoria da relatividade e a Teoria Quântica numa única estrutura matemática. Embora não esteja totalmente consolidada, a teoria mostra sinais promissores de sua plausibilidade.

A teoria em sua forma mais simples
Níveis de Ampliação:
1. Nível Macroscópico - Matéria
2. Nível Molecular
3. Nível Atômico - Prótons, nêutrons, e elétrons
4. Nível Subatômico - Elétron
5. Nível Subatômico - Quarks
6. Nível das Cordas.

Depois de dividir o átomo em prótons, nêutrons e elétrons, os cientistas ainda puderam dividir os prótons e nêutrons em quarks, dos quais existem seis categorias diferentes, das quais apenas três existem atualmente, e que, combinadas, formam todos os tipos de partículas do Universo até hoje previstos. Tal divisão pode repetir-se ad infinitum, pois, ao chegar na última partícula (aquela que, supostamente, seria a indivisível), como saber que ela não seria, também, divisível? (O próprio átomo e, depois, prótons e nêutrons eram indivisíveis até serem efetivamente divididos em partículas menores. O elétron, assim como outros léptons, contudo, até o nível de energia das experiências atuais, parece ser sem estrutura nos moldes do modelo padrão).

O que alguns físicos viram como uma possível solução para este problema foi a criação de uma teoria, ainda não conclusiva, que diz que as partículas primordiais são formadas por energia (não necessariamente um tipo específico de energia, como a eléctrica ou nuclear) que, vibrando em diferentes tons, formaria diferentes partículas. De acordo com a teoria todas aquelas partículas que considerávamos como elementares, como os quarks e os elétrons, são na realidade filamentos unidimensionais vibrantes, a que os físicos deram o nome de cordas. Ao vibrarem as cordas originam as partículas subatómicas juntamente com as suas propriedades. Para cada partícula subatómica do universo, existe um padrão de vibração particular das cordas.

A analogia da teoria consiste em comparar esta energia vibrante com as cordas. As de um violão, por exemplo, ao serem pressionadas em determinado ponto e feitas vibrar produzem diferentes sons, dependendo da posição onde são pressionadas pelo dedo. O mesmo ocorre com qualquer tipo de corda. Da mesma forma, as diferentes vibrações energéticas poderiam produzir diferentes partículas (da mesma forma que uma corda pode produzir diferentes sons sem que sejam necessárias diferentes cordas, uma para cada som).

Einstein e o sonho da unificação da Dimensão Circular

Depois de formular a teoria da relatividade geral, Einstein dedicou praticamente suas últimas três décadas de vida à tentativa de unificar, numa só teoria, a força eletromagnética e a força gravitacional. Uma proposta a que Einstein se dedicou foi a idealizada, independentemente, pelo físico alemão Theodor Kaluza e o sueco Oskar Klein. Nela, além das três dimensões usuais de altura, largura e comprimento, o espaço teria uma dimensão a mais. Mas, diferentemente das três dimensões em que vivemos, cujos tamanhos são infinitos, a dimensão extra da teoria de Kaluza e Klein teria a forma de um círculo com raio muito pequeno. Partículas andando no sentido horário do círculo teriam carga elétrica negativa(como o elétron), enquanto aquelas se movimentando no sentido anti-horário seriam positivas (como o pósitron). Particulas paradas em relação a essa quarta dimensão espacial teriam carga elétrica zero (como o neutrino).

Embora a teoria de Kaluza e Klein unificasse a força gravitacional com a força eletromagnética, ela ainda era inconsistente com a mecânica quântica. Essa inconsistência só seria resolvida 50 anos mais tarde, com o surgimento de uma nova teoria na qual o conceito de partícula como um ponto sem dimensão seria substituído pelo de objetos unidimensionais.Alguns anos depois uma nova teoria foi criada com o mesmo objetivo, a teoria do Tudo que busca unificar todos os campos da fisica quântica, a relatividade de Einstein (que explica que o espaço-tempo se ajusta à velocidade da luz), e o eletromagnetismo com a força da gravidade .
História

A teoria das cordas foi originalmente inventada para explicar as peculiaridades do comportamento do hádron. Em experimentos em aceleradores de partículas, os físicos observaram que o momento angular de um hádron é exatamente proporcional ao quadrado de sua energia. Nenhum modelo simples dos hádrons foi capaz de explicar este tipo de relação. Um dos modelos rejeitados tenta explicar os hádrons como conjuntos de partículas menores mantidas juntas através de forças similares à força elástica. A fim de considerar estas "trajetórias de Regge" os físicos voltaram-se para um modelo onde cada hádron era de fato uma corda rotatória, movendo-se de acordo com a teoria da relatividade especial de Einstein. Isto levou ao desenvolvimento da teoria bosônica das cordas, que ainda é, geralmente, a primeira versão a ser ensinada aos estudantes. A necessidade original de uma teoria viável para os hádrons foi completamente preenchida pela cromodinâmica quântica, a teoria dos quarks e suas interações. Tem-se a esperança agora que a teoria das cordas ou algumas de suas descendentes irão prover uma compreensão mais fundamental dos quarks em si.

A teoria bosônica das cordas é formulada em termos da ação Nambu-Goto, uma quantidade matemática que pode ser usada para predizer como as cordas se movem através do espaço e do tempo. Pela aplicação das ideias da mecânica quântica às ações Nambu-Goto --- um procedimento conhecido como quantização --- pode-se deduzir que cada corda pode vibrar em muitos diferentes modos, e que cada estado vibracional representa uma partícula diferente. A massa da partícula e a maneira que ela pode interagir são determinadas pela forma de vibração da corda --- em essência, pela "nota" que a corda produz. A escala de notas, cada uma correspondente a um diferente tipo de partícula, é denominada o "espectro" da teoria.

Estes modelos iniciais incluem cordas abertas, que têm duas pontas distintas, e cordas fechadas, onde as pontas são juntas de forma a fazer uma volta completa. Os dois tipos de corda diferem ligeiramente no comportamento, apresentando dois espectros. Nem todas as teorias de cordas modernas usam estes dois tipos; algumas incorporam somente a variedade fechada.

Entretanto, a teoria bosônica tem problemas. Mais importante, como o nome implica, o espectro de partículas contém somente bósons, partículas como o fóton, que obedecem regras particulares de comportamento. Ainda que os bósons sejam um ingrediente crítico do universo, eles não são o únicos constituintes. Investigações de como uma teoria poderia incluir férmions em seu espectro levaram à supersimetria, uma relação matemática entre os bósons e férmions, que agora forma uma área independente de estudo. As teorias de cordas que incluem vibrações de férmions são agora conhecidas como teorias das supercordas. Vários tipos diferentes de supercordas têm sido descritos.

Nos anos 90, Edward Witten e outros encontraram fortes evidências de que as diferentes teorias de supercordas eram limites diferentes de uma teoria desconhecida em 11 dimensões, chamada de Teoria-M. Esta descoberta foi a espoleta da segunda revolução das supercordas. Vários significados para a letra "M" têm sido propostos; físicos jocosamente afirmam que o verdadeiro significado só será revelado quando a teoria final for compreendida.

Muitos dos desenvolvimentos recentes nestes campos relacionam-se às D-branas, objetos que os físicos descobriram que também devem ser incluídos em qualquer teoria de cordas abertas.
Propriedades básicas

O termo "teoria das cordas" pode referir-se tanto à teoria bosônica das cordas, com 26 dimensões, como à teoria das supercordas, descoberta pela adição da supersimetria, com suas 10 dimensões. Atualmente, o termo "teoria das cordas" usualmente refere-se à variante supersimétrica, enquanto as anteriores são designadas pelo nome completo "teoria bosônica das cordas'.

Enquanto a compreensão de detalhes das teorias das cordas e supercordas requer uma considerável sofisticação matemática, algumas propriedades qualitativas das cordas quânticas podem ser compreendidas de forma intuitiva. Por exemplo, cordas quânticas têm tensão, da mesma forma que um barbante. Esta tensão é considerada um parâmetro fundamental da teoria e está intimamente relacionada ao seu tamanho. Considere uma corda em loop fechado, abandonada para se mover através do espaço sem forças externas. Esta tensão tenderá a contraí-la cada vez mais para um loop menor. A intuição clássica sugere que ela deva encolher até um simples ponto, mas isto violaria o Princípio da incerteza de Heisenberg. O tamanho característico do loop da corda é um equilíbrio entre a força de tensão, atuando para reduzi-lo, e o princípio da incerteza, que procura mantê-lo aberto. Conseqüentemente, o tamanho mínimo de uma corda deve estar relacionado com a tensão que ela sofre.
As dimensões extras

Um aspecto intrigante da teoria das cordas é que ela prediz o número de dimensões que o universo deve possuir. Nada na teoria de Maxwell do eletromagnetismo ou na Teoria da Relatividade de Einstein faz qualquer tipo de predição a este respeito. Estas teorias requerem que o físico insira o número de dimensões "na mão". A primeira pessoa a adicionar uma quinta dimensão na teoria da relatividade foi o matemático alemão Theodor Kaluza em 1919. A razão para que a quinta dimensão não seja observável (sua compactação) foi sugerida pelo físico suíço Oskar Klein em 1926.

Ao invés disto, a teoria das cordas permite calcular o número de dimensões espaço-temporais a partir de seus princípios fundamentais. Tecnicamente, isto acontece porque a invariância de Lorentz só pode ser satisfeita em um certo número de dimensões. Isto é a grosso modo como dizer que se nós medíssemos a distância entre dois pontos, então girássemos nosso observador para um novo ângulo e a medíssemos novamente, a distância observada somente permaneceria a mesma se o universo tivesse um número particular de dimensões.

O único problema é que quando este cálculo é feito, o número de dimensões do universo não é quatro como esperado (três eixos espaciais e um no tempo), mas vinte e seis. Mais precisamente, a teoria bosônica das cordas tem 26 dimensões, enquanto a teoria das supercordas e a Teoria-M envolvem em torno de 10 ou 11 dimensões. Na teoria de Rambu, as 26 dimensões vêm da famosa equação:

[1-(D-2)/24]=0

Contudo, este modelo parece contradizer fenômenos observados. Físicos usualmente resolvem este problema de duas formas diferentes. A primeira é a compactação das dimensões extras, i.e., as 6 ou 7 dimensões extras são tão pequenas que não são detectadas em nossos experimentos. Obtém-se a solução de modelos hexadimensionais espaços Calabi-Yau. Em 7 dimensões, elas são chamadas distribuições G2. Essencialmente estas dimensões extras estão "compactadas" pelo seu enrolamento sobre elas mesmas.

Uma analogia padrão para isto é considerar um espaço multidimensional como uma mangueira de jardim. Se se observar a mangueira de uma distância considerável, ela aparenta ter somente uma dimensão, o comprimento. Isso é semelhante às quatro dimensões macroscópicas com as quais estamos acostumados a lidar em nosso dia a dia. Se, no entanto, nos aproximarmos o suficiente da mangueira, descobrimos que ela contém uma segunda dimensão, sua circunferência. Esta "dimensão extra" é somente visível dentro de uma área relativamente próxima da mangueira, justo como as dimensões extras do espaço Calabi-Yau são visíveis a distâncias extremamente pequenas e, portanto não são facilmente detectáveis.

Certamente, cada mangueira de jardim existe nas 3 dimensões espaciais, mas por propósito de analogia, pode-se negligenciar a espessura e considerar somente a noção de superfície da mangueira. Um ponto na superfície da mangueira pode ser especificado por dois números, uma distância ao longo da circunferência, tal como um ponto da superfície da Terra pode ser especificado pela latitude e longitude. Em ambos os casos, diz-se que o objeto tem duas dimensões espaciais. Como a Terra, mangueiras de jardim possuem um interior, uma região que requer uma dimensão extra. No entanto, diferentemente da Terra, um espaço de Calabi-Yau não tem interior.

Outras possibilidades é que nós estejamos presos em subespaço com 3+1 dimensões de um universo com mais dimensões, onde o "3+1" faz-nos lembrar que o tempo é um tipo diferente de dimensão espacial. Como isso envolve objetos chamados D-branas, esta teoria é conhecida como mundo de brana.

Em ambos os casos, a gravidade atuando nas dimensões ocultas produz as outras forças não-gravitacionais tais como o eletromagnetismo. Em princípio, portanto, é possível deduzir a natureza destas dimensões extras pela necessidade de consistência com o modelo padrão, mas esta não é ainda uma possibilidade prática.
Problemas

A teoria das cordas permanece não verificada. Nenhuma versão da teoria das cordas fez ainda uma predição diferente de alguma feita por outras teorias; ao menos, nenhuma que pudesse ser verificada por um experimento atualmente realizável. Neste sentido, a teoria das cordas está em "estado larval": ela possui muitos aspectos de interesse matemático, e isto ainda deve se tornar de suprema importância para nossa compreensão do universo, mas isto ainda vai requerer mais desenvolvimentos para ser aceito ou negado. Uma vez que a teoria das cordas não possa ser testada em um futuro próximo, alguns cientistas têm se perguntado se ela merece mesmo ser chamada de uma teoria científica: ela não é ainda um teoria rejeitável ou falseável no sentido dado por Popper.

Isto não significa que ela seja a única teoria corrente que começou a ser desenvolvida que oferece estas dificuldades. Muitos novos desenvolvimentos podem passar através de um estágio de incerteza antes de se tornarem conclusivamente aceitos ou rejeitados. Como assinalado por Richard Feynman em The Character of Physical Law, o teste chave da teoria científica é se suas conseqüências concordam com as medições que obtivemos do experimento. Isto significa que não importa quem inventou a teoria, "qual é o seu nome", ou mesmo qual apelo estético a teoria venha ter. "Se ela não está de acordo como os experimentos, ela está errada." (Certamente, haveria outras possibilidades: alguma coisa pode estar errada com os experimentos, ou talvez tenha se cometido um erro ao prever as conseqüências da teoria. Todas estas possibilidades devem ser verificadas, o que pode tomar um tempo considerável). Estes desenvolvimentos podem se dar na teoria em si, tais como novos métodos de realizar os cálculos e produzir previsões, ou devem ocorrer nos experimentos em si, que passam a exibir quantidades antes imensuráveis.

A humanidade não tem atualmente tecnologia para observar as cordas (que se acredita terem aproximadamente o Comprimento de Planck, em torno de 10−35 m). Em algum momento poderemos ser capazes de observar as cordas de uma forma significativa, ou ao menos obter uma percepção mais substancial pela observação de fenômenos cosmológicos que elucidem a física das cordas.

No início dos anos 2000, teóricos da teoria das cordas retomaram seu interesse em um velho conceito, a corda cósmica. Originalmente discutida nos anos 1980, cordas cósmicas são objetos diferentes em relação às entidades da teoria das supercordas. Por vários anos, cordas cósmicas eram um modelo popular para explicar vários fenômenos cosmológicos, tais como o caminho que foi seguido para a formação das galáxias no início do universo. Apesar disso, novos experimentos — em particular medições detalhadas da radiação cósmica de fundo — falharam em apoiar as predições do modelo da corda cósmica e ela saiu de moda. Se tais objetos existiram, eles devem ser raros e bem esparsos. Vários anos mais tarde, foi apontado que a expansão do universo poderia ter esticado a corda fundamental (do mesmo tipo considerado pela teoria das supercordas) até que ela atingisse o tamanho intergaláctico. Tal corda esticada pode exibir muitas propriedades da variação da velha corda "cósmica", tornando os velhos cálculos úteis novamente. Além disto, as teorias modernas das supercordas oferecem outros objetos que poderiam ter uma razoável semelhança com cordas cósmicas, tais como D-branas unidimensionais altamente alongadas (conhecidas como "D-cordas"). Como o teórico Tom Kibble comenta, "cosmologistas da teoria das cordas têm descoberto cordas cósmicas observando em todos os lugares escondidos". Velhas propostas para detecção de cordas cósmicas podem agora ser usadas para investigar a teoria das supercordas. Por exemplo, astrônomos têm também detectado uns poucos casos do que podem ser lentes gravitacionais induzidas por cordas.

Super-cordas, D-cordas ou outros tipos de corda esticadas na escala intergaláctica devem irradiar ondas gravitacionais, que podem ser presumivelmente detectadas usando experimentos como o LIGO. Elas também devem causar ligeiras irregularidades na radiação de microondas de fundo, muito sutis para terem sido detectadas ainda, mas na esfera das possíveis observações no futuro.

Embora intrigantes, estes propósitos cosmológicos falham em um sentido: testar uma teoria requer que o teste seja capaz de derrubar (ou provar falsa) uma teoria. Por exemplo, se a observação do Sol durante um eclipse não tivesse mostrado que a gravidade é capaz de desviar a luz, teria sido provado que a teoria da relatividade geral de Einstein era falsa (eliminando, é claro, a chance de erro experimental). Não encontrar cordas cósmicas não demonstraria que a teoria das cordas é fundamentalmente errada — meramente que a ideia particular de uma corda altamente esticada atuando "cosmicamente" é um erro. Enquanto muitas medições podem, em princípio, ser feitas para sugerir que a teoria das cordas está no caminho certo, os cientistas ainda não divisaram um "teste" confiável.

Em um nível mais matemático, outro problema é que, como a teoria quântica de campos, muito da teoria das cordas é ainda somente formulado através da técnica da perturbação (isto é, como uma série de aproximações ao invés de uma solução exata). Embora técnicas não-perturbativas tenham tido um progresso considerável — incluindo definições de conjecturas completas envolvendo tempo-espaço satisfazendo princípios assintóticos — a definição de uma teoria não-perturbativa completa é uma lacuna a ser preenchida.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010











Boletim de Atividade Solar

tempestades solares
Prognóstico para 12/08 até 14/08

A tabela abaixo mostra a probabilidade de ocorrência de flares solares de classe M e X nos próximos 3 dias.

FLARE 24 h 48 h 72 h
CLASSE M 01% 01% 01%
CLASSE X 01% 01% 01%

Tempestades Geomagnéticas
Previsão para 12/08 até 14/08

A tabela a seguir mostra a previsão de ocorrência de tempestades geomagnéticas nas latitudes médias e altas nas próximas 72 horas.

INTENSIDADE Latitudes Médias Latitudes Altas
24 h 48 h 72 h 24 h 48 h 72 h
ATIVA 10% 10% 10% 10% 10% 10%
MENOR 01% 01% 01% 01% 01% 01%
MAIOR 01% 01% 01% 01% 01% 01%


Dados Atuais - 21:19 BRT
A velocidade do vento solar medida pelo satélite SOHO é de 349 km/s. O número de manchas solares informado é de 56 para um fluxo solar de 86.

A imagem acima, transmitida pelo satélite SOHO mostra a coroa solar vista através do coronógrafo de ângulo largo, LASCO C3. Nesta imagem é possível acompanhar os flares solares, acompanhados de ejeções de massa coronal. Estrelas e planetas também podem ser vistos na imagem.







Tempestades Geomagnéticas

Explicação

A linha vermelha exibida no gráfico mostra o Fluxo de Raios X registrado pelo satélite GOES-14 no comprimento de onda entre 1 e 8 angstrons. Dentro desta região do espectro, os flares solares produzem picos que permitem classificar a intensidade da tempestade solar.

Picos superiores a 10-5 já são considerados tempestades. Maiores que 10-4 são tempestades de classe X, bastante intensas.

Do lado direito do gráfico existe a correlação entre o fluxo de raios X e os flares solares. Flares de Classe X podem provocar blackouts de radiopropagação que podem durar diversas horas ou até mesmo dias.

As rajadas da Classe M são de tamanho médio e também causam blackouts de radiocomunicação que afetam diretamente as regiões polares. Rajadas de Classe C ou inferiores são fracas e pouco perceptíveis aqui na Terra.





Índice KP da Atividade Solar

Explicação

O gráfico acima mostra o Índice KP de atividade solar e é atualizado a cada 3 horas.

Os valores são derivados do tradicional Índice K, informados por uma série de magnetômetros instalados principalmente no Canadá e EUA. O índice retrata diretamente a intensidade do fluxo solar e as perturbações causadas na alta atmosfera terrestre, principalmente a ionosfera.

O Índice KP varia conforme a hora do dia, época do ano e também com a posição da Terra em relação ao Sol. Também existe relação direta com a quantidade de manchas solares. Quanto mais alto o índice, mais ruidoso está o Sol e mais radiação ionizante atinge a Terra.

Quando o índice KP está abaixo de 5 as condições da ionosfera estão quietas. Acima desse número já ocorrem tempestades geomagnéticas, sendo que números acima de 6 já são considerados preocupantes e diversas empresas e instituições são alertadas sobre a possibilidade de interferências e danos em equipamentos.
Previsão da Atividade Solar Futura

Explicação

Este gráfico, atualizado mensalmente, mostra o progresso e a previsão da atividade solar ao longo dos anos.

O eixo vertical indica o fluxo solar no comprimento de onda de 10.2 cm (2800 MHz). Esse número varia dentro de uma margem que vai de 60, quando não há manchas solares, até até 300, quando o Sol apresenta muitas manchas.

O eixo horizontal é o progresso da atividade ao longo dos anos, desde o passado até o atual momento e se estende por diversos anos no futuro.

A linha vermelha mostra a previsão da atividade futura, baseada em dados históricos coletados até o mês anterior ao atual.

Conclusão
Baseado na atual previsão, informada no topo do gráfico, vemos que o pico da atividade solar do ciclo atual ocorrerá em maio de 2013.
Os valores calculados mostram que o fluxo solar ficará entre 132 e 150 , com o máximo previsto de 100 manchas solares .

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Cursos


Curso de astronomia do Observatório Nacional

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Informações Gerais

O que é o curso a distância de Astrofísica do Sistema Solar

A Divisão de Atividades Educacionais do Observatório Nacional dando continuidade ao seu projeto de "Ensino a Distância", apresentada aos leitores da revista Café Orbital o curso "Astrofísica do Sistema Solar".

Não é necessário qualquer conhecimento prévio de astronomia para acompanhar o nosso curso a distância uma vez que ele está voltado para um público não especializado em ciências exatas. Nosso objetivo é difundir e atualizar o conhecimento científico de todas as pessoas interessadas em astronomia.

Devido à sua característica abrangente, durante o curso abordaremos, várias vezes, assuntos muito básicos, o que não deve ser entendido pelos professores participantes ou por aqueles que já possuem bons conhecimentos de astronomia como um demérito à sua competência. Para estes haverá seções especiais, optativas, onde alguns assuntos serão apresentados de modo bem mais técnico.




Livros
O Universo Numa Casca de Noz (Stephen Hawking)
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O físico Stephen Hawking, autor do best seller "Uma breve história do tempo", volta a escrever, em uma linguagem simples, sobre os princípios que gerem o universo.

A teoria da relatividade, a mecânica quântica, o princípio da incerteza, a teoria-M e as p-branas são explicadas de forma bem-humorada e compõe o que o físico chama de a Teoria de Tudo.








Programas
Stelarium 0.10.5
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Informações
As chances são de que muitas pessoas não ouviram falar de Stellarium embora seja muito similar a uma das peças mais populares de software disponível hoje, a AI Google Earth. Embora o Google, o software permite que você Aos foco na terra de um ponto de partida no espaço exterior, Stellarium inverte sua perspectiva e coloca-lo em qualquer ponto da Terra, a superfície AOS, olhando para cima e para fora no espaço profundo.

Uma característica interessante no Stellarium é que com o passar do tempo, o sistema virtual star vai evoluir, com o sol e as constelações diferentes tornando-se mais proeminente no céu da noite escura. Você tem uma seleção de efeitos visuais que você pode ligar ou desligar, como a atmosfera, ou traçar linhas para os sistemas de estrelas. coisas impressionantes por alguns minutos, mas depois, Äôve tem a essência geral do que envolve Stellarium, você, Äôll rapidamente pneu de zoom out até às estrelas distantes e observar como eles se movem lentamente na tela.

Embora o Google Earth traz para você fotos detalhadas de nosso planeta, a superfície AOS, Stellarium só pode obter uma representação de resolução muito menor do sistema solar, planetas AOS, sem mencionar o fato de que as estrelas são limitadas a simples pontos brancos fechando através do céu. Com mais de 120 mil estrelas com precisão plotados neste planetário virtual, que, AOS óbvio que muito trabalho foi na sua criação. Contudo, o nível insuportável Stellarium de detalhe é provável que só apelar para a estrela real gazers die-hard.

A idéia por trás Stellarium é bom na teoria, mas quando vem para baixo a maioria das pessoas vê-lo como pouco mais do que um protetor de tela, smart interativo. Dito isto, se você tem uma afinidade para a astronomia, gostaria de aprender as constelações, ou simplesmente desfrutar assistindo-do-sol bonito, então Stellarium é para você.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A ESTRUTURA DO UNIVERSO

O SISTEMA SOLAR



Nosso planeta se encontra a 150 milhões de quilômetros do Sol. A velocidade da luz no vácuo é de 300.000 quilômetros por segundo, o que faz com que a luz gaste 8 minutos para sair do Sol e chegar à Terra. Dizemos assim que a nossa distância ao Sol é de 8 minutos-luz ou 0,000.016 anos-luz (8 minutos é igual a 16 milésimos de milésimo do ano). O planeta mais distante no sistema solar, Plutão, está a 0,000.62 anos-luz do Sol. Se tomarmos o sistema solar como nossa casa, dizemos que essa tem um diâmetro de 0,001.24 anos-luz.



A VIA LÁCTEA



Andrômeda

ANDRÔMEDA, uma galáxia espiral como a Via Láctea



À noite, olhando o céu, percebemos que estamos avizinhados em todas as direções por um número incalculável de estrelas, semelhantes ao nosso Sol. A estrela mais próxima do Sol se chama Próxima Centauro e está a 4,2 anos-luz de nós. Encontramos 20 estrelas dentro de um raio de 20 anos-luz do Sol, distribuídas de forma aleatória. Essas estrelas são como casas em nosso quarteirão. Houve uma época que a humanidade pensava estarem as estrelas distribuídas aleatoriamente por todo o universo. Hoje sabemos que as estrelas se reúnem em grupos imensos, com formas e movimentos característicos. A esses grupos damos o nome de galáxias. A nossa galáxia, que recebe o nome de Via Láctea, é constituída por centenas de milhões de estrelas e tem um diâmetro de 100.000 anos-luz. A Via Láctea está para o universo assim como nossa cidade está para o planeta Terra.



AGLOMERADOS E SUPER AGLOMERADOS GALÁCTICOS



AGLOMERADO de galáxias fotografados pelo Telescópio Espacial Hubble



Também as galáxias se reúnem em grupos. A Via Láctea faz parte de um extenso aglomerado de 20 galáxias ao qual chamamos Grupo Local. O diâmetro do Grupo Local é de aproximadamente 4 milhões de anos-luz. Próximos ao Grupo Local, também em todas as direções, encontramos vários e vários outros aglomerados. Os aglomerados galácticos também se reúnem em grupos. O Grupo local juntamente com algumas dezenas de outros aglomerados constituem o que chamamos Super Aglomerado Local. O Grupo Local se encontra próximo à borda do Super Aglomerado Local que tem um diâmetro de 150 milhões de anos-luz. Dentro da analogia que estamos fazendo o Aglomerado Local seria equivalente a nosso Estado, Minas Gerais, e o Super Aglomerado Local a nosso país, Brasil.



O UNIVERSO CONHECIDO



Como uma conseqüência da "Grande Explosão" que deu origem ao universo, vemos todo o universo em expansão. (Veja abaixo) O Super Aglomerado Local é também avizinhado em todas as direções por outros aglomerados e super aglomerados, que se movem afastando-se uns dos outros. Quanto mais distante um corpo se encontra de outro, maior é essa velocidade de afastamento. Através do horizonte observável detectamos, além de uma radiação uniforme também proveniente da "Grande Explosão Cósmica", pontos de grande intensidade de radiação aos quais denominamos quasares. São esses os objetos mais distantes observados. Os mais longínquos, a aproximadamente 16 bilhões de anos-luz, estão se afastando de nós com uma velocidade superior a 90% da velocidade da luz. Pela ciência atual a velocidade da luz é uma velocidade limite; atingível apenas por corpos muito especiais, como o fóton, que não têm massa. Os quasares estariam assim próximos ao limite do universo.



OLHANDO PARA O PASSADO



Quanto mais distante vemos um objeto, mais no passado estamos observando-o. Se ocorrer uma explosão no Sol agora só a veremos daqui 8 minutos. A Próxima Centauro que estamos vendo agora é na realidade a Próxima Centauro de 4,2 anos atrás. Da mesma forma, a luz que detectamos hoje desses quasares foi emitida a bilhões de anos atrás, antes mesmo da nossa galáxia existir. Não detectamos nenhum quasar nas proximidades de nosso super aglomerado simplesmente porque eles não existem mais. Muito possivelmente os quasares são os objetos que deram origem à estrutura de super aglomerados, aglomerados e galáxias que descrevemos acima. Dentro de nossa analogia o universo conhecido é assim equivalente a nosso planeta Terra.





COSMOLOGIA

O UNIVERSO COMO UM TODO



DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO PROPICIA AVANÇOS NO ESTUDO DO COSMO

Divina Mourão*



Pesquisas atuais, desenvolvidas em várias partes do mundo, inclusive no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF/RJ), têm procurado confirmar a hipótese formulada no início do século sobre a origem do universo, a partir de uma grande explosão (BIG BANG), resultando na formação da matéria, do tempo e do espaço. Essa é a área da cosmologia, campo do conhecimento que trata do estudo do universo como um todo, ciência milenar que, por estudar o muito complexo é considerada também muito complexa, exigindo de quem se dedica a ela um grau de abstração muito grande.

Pós-graduado na Teoria Geral da Relatividade, de Einstein - que tem relação íntima com a cosmologia atual - o professor do Departamento de Física da UFMG, Túlio Jorge dos Santos, explica que como conseqüência dessa grande explosão, o universo se encontraria em expansão, o que é verificado por observação através da espectroscopia da luz emitida por objetos distantes (efeito Doppler). Outro resultado da explosão inicial: o universo visto em larga escala seria homogêneo, embora ainda não haja comprovação experimental a esse respeito.

Qual é a idade do universo? O professor Túlio Jorge salienta que essa é também uma questão muito debatida pelos cosmólogos atuais. Até cinco anos atrás, acreditávamos que o universo tinha cerca de 20 bilhões de anos. Hoje, essa idade foi encurtada para 16 bilhões, com base em observações de estrelas indicadoras de distância (Cefeidas), em aglomerados galácticos vizinhos, efetuadas pelo telescópio espacial Hubble.

A Teoria Geral da Relatividade tem sido a principal ferramenta utilizada para o entendimento do modelo cosmológico atual. A relação entre relatividade e cosmologia tem sido tão íntima que um avanço na relatividade acarreta imediatamente um avanço na cosmologia, e vice-versa, diz o professor Túlio Jorge, salientando também que os novos avanços tecnológicos têm propiciado um grande desenvolvimento da pesquisa experimental, notadamente na engenharia de grandes aceleradores de partículas.

Estudo de colisões de partículas subatômicas, altamente energéticas, produzidas por esses aceleradores, têm clareado muitos pontos da Teoria da Relatividade, afirma o físico. Ele acrescenta que tais experimentos, juntamente com outros na área de relatividade, propiciam aos estudiosos um maior entendimento das ondas gravitacionais, dos neutrinos e grávitons, considerados presenças importantes no cenário cosmológico atual, de tal forma que podemos dizer que nosso entendimento do macro está andando de mãos dadas com nosso entendimento do micro.

Foi descoberto o maior planeta conhecido no Universo


Imagem gerada por computador do TrES-4 e do seu sol

Cientistas descobriram o maior planeta conhecido até agora, uma bola gigante constituída principalmente por hidrogénio, 20 vezes maior do que a Terra e que circunda uma estrela na Constelação de Hércules, a 1.400 anos-luz.

Os cientistas acreditam que o planeta é 1,7 vezes o diâmetro de Jupiter, o maior planeta do sistema solar, e tem uma temperatura de 1.260 graus Celsius.


"Provavelmente não existe uma superfície firme no planeta. Afundar-nos-iamos nele", disse Georgi Mandushev, um dos investigadores do Lowell Observatory e principal responsável por um artigo a anunciar a descoberta, publicado segunda-feira no Astrophysical Journal Letters. O planeta, de baixa densidade, foi descoberto pelo Lowell Observatory em conjunto com o California Institute of Technology's Palomar Observatory e telescópios colocados nas Ilhas Canárias, Espanha.

Os astrónomos já tinham sinalizado o novo planeta, chamado TrES-4, na Primavera de 2006, descoberta que foi confirmada mais tarde por cientistas da Universidade de Harvard e do W.M. Keck Observatory, no Havai. Os cientistas estão ainda a trabalhar na possibilidade de existirem mais planetas na mesma constelação.

"É possível! Não sabemos o que acontece lá. É possível existir lá outro planeta, o que seria incrível", disse Mandushev. O Lowell Observatory ficou conhecido pela descoberta, em 1930, de Plutão, recentemente "despromovido" de planeta a planeta-anão.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Sistema Solar

O Sistema Solar é constituído pelo Sol e pelo conjunto dos corpos celestes que se encontram no seu campo gravítico, e que compreende os planetas que atualmente compõem o sistema solar, em ordem de sol-espaço: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno. Plutão hoje em dia não é mais considerado um planeta embora esteja ainda no sistema solar e recentemente outros dois corpos da mesma categoria de Plutão - planetas anões - foram descobertos nas regiões mais externas do sistema solar, conhecidas como Nuvem de Oort e Cinturão de Kuiper, dos quais ainda não se sabe muita coisa, e uma miríade de outros objectos de menor dimensão entre os quais se contam os corpos menores do Sistema Solar, (asteroides, transneptunianos e cometas.

Ainda não se sabe, ao certo, como o sistema solar foi formado. Existem várias teorias, mas apenas uma é atualmente aceita. Trata-se da Teoria Nebular ou Hipótese Nebular.

O Sol começou a brilhar quando o núcleo atingiu 10 milhões de graus Celsius, temperatura suficiente para iniciar reações de fusão nuclear. A radiação acabou por gerar um vento solar muito forte, conhecido como "onda de choque", que espalhou o gás e poeira restantes das redondezas da estrela recém-nascida para os planetas que se acabaram de formar a partir de enormes colisões entre os protoplanetas.



Formação e evolução
Dá-se geralmente como precisa a formação do Sistema Solar há mais de 4,5 bilhões de anos a partir de uma nuvem de gás e poeira que formou uma estrela central e um disco circum-estelar em que, pela união das partículas menores, primeiro haviam se formado pouco a pouco, partículas maiores, posteriormente planetesimais, depois protoplanetas para chegar aos atuais planetas.



Investigação e exploração


Dada a perspectiva geocêntrica com a que é percebido no Sistema Solar pelos humanos, sua natureza e estrutura foram durante muito tempo desconhecidos. Os movimentos aparentes dos corpos do Sistema Solar, observados desde a Terra, eram considerados os movimentos reais destes corpos ao redor de uma Terra estacionária. Grande parte dos corpos do Sistema Solar não são observáveis sem a ajuda de instrumentos, como o telescópio. Com a invenção deste começa uma era de descobrimentos (Luas de Galileu; fases de Vênus), onde finalmente o sistema geocêntrico é abandonado, sendo substituído pela visão copérnica do sistema heliocêntrico.

Na atualidade, o Sistema Solar é estudado por telescópios terrestres, observatórios e missões espaciais capazes de chegar até alguns destes distantes mundos. Os corpos do Sistema Solar em que se têm pousado sondas espaciais terrestres são Vênus, a Lua, Marte, Júpiter e Titã (satélite de Saturno). Todos os corpos maiores hão sido visitados por missões espaciais, incluindo cometas, como o Halley, e excluindo Plutão.

Os planetas

Os principais elementos celestes que orbitam em torno do Sol são os oito planetas principais conhecidos atualmente cujas dimensões vão do gigante de gás Júpiter até ao pequeno e rochoso Mercúrio, que possui menos da metade do tamanho da Terra.

Até agosto de 2006, quando a União Astronómica Internacional alterou a definição oficial do termo planeta, Plutão era considerado o nono planeta do Sistema Solar. Hoje é considerado um planeta anão, ou um planetoide, por ser muito pequeno.

Próximos do Sol encontram-se os quatro planetas telúricos, que são compostos de rochas e silicatos, são eles Mercúrio, Vénus, Terra e Marte. Depois da órbita de Marte encontram-se quatro planetas gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno), que são uma espécie de planetas colossais que se podem dividir em dois subgrupos: Júpiter-Saturno e Urano-Neptuno.

Mercúrio é o mais próximo do Sol, a uma distância de apenas 57,9 milhões de quilômetros, enquanto Neptuno está a cerca de 4,5 bilhões de quilômetros.

Os planetas do sistema solar são os oito astros que tradicionalmente são conhecidos como tal: Mercúrio (☿), Vénus (♀), Terra (♁), Marte (♂), Júpiter (♃), Saturno (♄), Urano (♅) e Neptuno (♆). Todos os planetas receberam nomes de deuses e deusas da mitologia greco-romana.



Estrutura do Sistema Solar

As órbitas dos planetas do Sistema Solar se encontram ordenadas a distâncias do Sol crescentes de modo que a distância de cada planeta é aproximadamente o dobro do que o planeta imediatamente anterior. Esta relação vem expressada matematicamente através da Lei de Titius-Bode, uma fórmula que resume a posição dos semieixos maiores dos planetas em unidades astronômicas (UA). Em sua forma mais simples se escreve:

a= 0,4 + 0,3\times k\,\! onde k \,\! = 0, 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, ainda que pode chegar a ser complicada.

Nesta formulação, a órbita de Mercúrio se corresponde com (k=0) e semieixo maior 0,4 UA, e a órbita de Marte (k=4) se encontra em 1,6 UA. Na realidade, as órbitas se encontram em 0,38 e 1,52 UA. Ceres, o maior asteroide, encontra na posição k=8. Esta lei não se ajusta a todos os planetas (por exemplo, Netuno, que está mais acerca do que prediz esta lei). No momento não há uma explicação da Lei de Titius-Bode e muitos científicos consideram que se trata tão só de uma coincidência.

A dimensão astronômica das distâncias no espaço


Para uma noção da dimensão astronômica das distâncias no espaço deve-se fazer cálculos e usar um modelo que permita uma percepção mais clara do que está em jogo. Por exemplo, um modelo reduzido em que o Sol estaria representado por uma bola de futebol (de 22 cm de diâmetro). A essa escala, a Terra ficaria a 23,6 metros de distância e seria uma esfera com apenas 2 mm de diâmetro (a Lua ficaria a uns 5 cm da Terra, e teria um diâmetro de uns 0,5 mm). Júpiter e Saturno seriam berlindes com cerca de 2 cm de diâmetro, respectivamente a 123 e a 226 metros do Sol. Plutão ficaria a 931 metros do Sol, com cerca de 0,36 mm de diâmetro. Quanto à estrela mais próxima, a Proxima Centauri, essa estaria a 6332 km do Sol, enquanto a estrela Sírio a 13 150 km.
Se o tempo de uma viagem da Terra à Lua, a cerca de 257 000 km/hora, fosse de uma hora e um quarto, levaria-se cerca de três semanas terrestres para se ir da Terra ao Sol, 3 meses se ir a Júpiter, sete meses para Saturno e cerca de dois anos e meio a chegar a Plutão e deixar o nosso sistema solar. A partir daí, a essa velocidade, levar-se-ia 17 600 anos até chegar à estrela mais próxima, e 35 000 anos até Sírio.

Os planetas anões

Planeta anão é um corpo celeste muito semelhante a um planeta, dado que orbita em volta do Sol e possui gravidade suficiente para assumir uma forma com equilíbrio hidrostático (aproximadamente esférico), porém não possui uma órbita desimpedida, orbitando com milhares de outros pequenos corpos celestes.

Ceres, que até meados do século XIX era considerado um planeta principal, orbita numa região do sistema solar conhecida como cinturão de asteroides. Por fim, nos confins do sistema solar, para além da órbita de Netuno, numa imensa região de corpos celestes gelados, encontram-se Plutão e o recentemente descoberto Éris. Até 2006, considerava-se, também, Plutão como um dos planetas principais. Hoje, Plutão, Ceres, Éris, Makemake e Haumea são considerados como "planetas anões".

As luas e os anéis

Satélites naturais ou luas são objetos de dimensões consideráveis que orbitam os planetas. Compreendem pequenos astros capturados da cintura de asteroides, como as luas de Marte e dos planetas gasosos, até astros capturados da cintura de Kuiper como o caso de Tritão no caso de Neptuno ou até mesmo astros formados a partir do próprio planeta através do impacto de um protoplaneta, como o caso da Lua da Terra.

Os planetas gasosos têm pequenas partículas de pó e gelo que os orbitam em enormes quantidades, são os chamados anéis planetários, os mais famosos são os anéis de Saturno.

Corpos menores

A classe de astros chamados "corpos menores do sistema solar" inclui vários objetos diferenciados como são os asteroides, os transneptunianos, os cometas e outros pequenos corpos.
Asteroides

Os asteroides são astros menores do que os planetas, normalmente em forma de batata, encontrando-se na maioria na órbita entre Marte e Júpiter e são compostos por partes significativas de minerais não-voláteis. A região em que orbitam é conhecida como Cintura de asteroides. Nela localiza-se também um planeta anão, Ceres, que tem algumas características próprias de asteroide, mas não é um asteroide. Estes são subdivididos em grupos e famílias de asteroides baseados em características orbitais específicas. Nota-se que existem luas de asteroides, que são asteroides que orbitam asteroides maiores, que, por vezes, são quase do mesmo tamanho do asteroide que orbitam.

Os asteroides troianos estão localizados nos pontos de Lagrange dos planetas, e orbitam o Sol na mesma órbita que um planeta, à frente e atrás deste.

As sementes das quais os planetas se originaram são chamadas de planetésimos: são corpos subplanetários que existiram durante os primeiros anos do sistema solar e que não existem no sistema solar recente. O nome é também usado por vezes para referir os asteroides e os cometas em geral ou para asteroides com menos de 10 km de diâmetro.
Centauros
Os centauros são astros gelados semelhantes a cometas que têm órbitas menos excêntricas e que permanecem na região entre Júpiter e Netuno, mas são muito maiores que os cometas. O primeiro a ser descoberto foi Quíron, que tem propriedades parecidas com as de um cometa e de um asteroide.
Transneptunianos

Os transneptunianos são corpos celestes gelados cuja distância média ao Sol encontra-se para além da órbita de Neptuno, com órbitas superiores a 200 anos e são semelhantes aos centauros.

Pensa-se que os cometas de curto período sejam originários desta região. Os planetas anões Plutão e Éris encontram-se, também, nesta região.

O primeiro transnetuniano foi descoberto em 1992. No entanto, Plutão, que já era conhecido há quase um século, orbita nesta região do sistema solar.

Cometas

A maioria dos cometas tem três partes: 1. um núcleo sólido ou centro; 2. uma cabeleira, ou cabeça redonda que envolve o núcleo e consiste em partículas de poeira misturadas com água, metano e amoníaco congelados; e 3. uma longa cauda de poeira e gases que escapam da cabeleira.

Os cometas são compostos largamente por gelos voláteis e com órbitas bastante excêntricas, geralmente com um periélio dentro das órbitas dos planetas interior e com afélio para além de Plutão. Cometas com pequenos períodos também existem; contudo, os cometas mais velhos que perderam todo o seu material volátil são categorizados como asteroides. Alguns cometas com órbitas hiperbólicas podem ter sido originados de fora do sistema solar.

De momento, os astros da nuvem de Oort são hipotéticos e encontram-se em órbitas entre os 50 000 e os 100 000 UA, e pensa-se que esta região é a origem dos cometas de longo período.

O novo planetoide Sedna com uma órbita bastante elíptica que se estende por cerca de 76 a 928 UA, não entra como é óbvio nesta categoria, mas os seus descobridores argumentam que deveria ser considerado parte da nuvem de Oort.



Meteoroides

Os meteoroides são astros com dimensão entre 50 metros até partículas tão pequenas como pó. Astros maiores que 50 metros são conhecidos como asteroides. Controversa continua a dimensão máxima de um asteroide e mínima de um planeta. Um meteoroide que atravesse a atmosfera da Terra passa a se denominar meteoro; caso chegue ao solo, chama-se meteorito.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Fundação do Aldebaran

No dia 25 de Junho de 2010, nós comemoramos a fundação do nosso clube de astronomia, o Aldebaran(Clube de Astronomia do Conjunto Prefeito José Walter) e no mesmo dia comemoramos o aniversário do Presidente do Casf(Clube de Astronomia de Fortaleza) o professor George Yuri, e assim espero que nosso clube perdure por vários anos solares.







domingo, 27 de junho de 2010

A lua

Sob certo ponto de vista, não é incorreto afirmar que o terceiro planeta a partir do Sol é duplo, isto é, são dois planetas girando em torno de um centro comum de gravidade. Mas ao mesmo tempo podemos dizer que a Lua é um satélite da Terra!

O aparente paradoxo está na definição desses termos. Sempre que dois (ou mais) corpos celestes compartilham uma mesma órbita em torno do Sol chamamos o maior de planeta e o(s) outro(s) de satélite(s). Ainda que um deles seja só 1% maior que seu companheiro, teremos um planeta e um satélite.

O termo “planeta duplo”, contudo, ainda não foi bem definido, mas também tem a ver com a massa dos objetos. Normalmente um satélite tem milhares, às vezes milhões de vezes menos massa que seu planeta. No sistema Terra-Lua a correlação de massa é 1/81 (isto é, a Lua tem 81 vezes menos massa que a Terra).

A relação de massa entre Terra e Lua só perde para o sistema Plutão-Caronte, com 1/8 (os astrônomos geralmente concordam que Plutão e Caronte formam um sistema duplo). Porém, no nosso caso, o centro de gravidade do sistema fica no interior da Terra, ainda que não no centro do planeta (veja explicação a seguir), de forma que nem todos os astrônomos concordam com a classificação “planeta duplo” para Terra e Lua.

É possível que a descoberta futura de planetas extra-solares com luas e parecidos com a Terra forcem a uma definição mais formal desse termo.

Baricentro
Satélites proporcionalmente massivos forçam o planeta a girar em torno de um ponto denominado baricentro, que no caso do sistema Terra-Lua está localizado exatamente ao longo da linha que conecta o centro de massa da Terra com o centro de massa da Lua. A distância média entre esses centros é a distância Terra-Lua, ou seja, 384.405 quilômetros.
A distância do centro da Terra ao baricentro é de 4.641 km. Perceba que a Lua não gira em volta do centro de massa da Terra (ou mesmo de um ponto próximo). Ambos, Terra e Lua, giram em torno do baricentro, situado a 1.737 quilômetros abaixo da superfície terrestre.

Se viajássemos numa nave espacial até uma certa distância veríamos Terra e Lua dançando como um par de bailarinos no espaço. Se fossemos ainda mais longe, de modo que toda a órbita terrestre pudesse ser contemplada, perceberíamos que a Terra não segue rigorosamente seu traçado orbital. Quem faz isso é o sistema Terra-Lua.

Mundos irmãos
HÁ MUITAS OUTRAS COISAS CURIOSAS a respeito do sistema planetário do qual fazemos parte. A distância da Lua a Terra é de aproximadamente 60 raios terrestres, maior que a grande maioria dos satélites próximos.
Se a LUA estivesse IMÓVEL iria CAIR NA DIREÇÃO DO SOL e não da Terra

Conhecidas as massas e distâncias, é fácil calcular as atrações gravitacionais que o Sol e os planetas exercem. Fazendo isso você descobrirá, para seu espanto, que no caso da Lua a atração do Sol é 2,2 vezes maior que a exercida pela Terra. Isto significa que se a Lua estivesse imóvel, iria cair na direção do Sol e não da Terra!
A rotação da Lua em volta da Terra se dá num período de aproximadamente 27 dias. Seu percurso não é circular. A Lua ora fica mais perto, ora mais longe de nós, e algumas vezes está adiantada, outras vezes atrasada. No final acaba sempre mostrando a mesma face para a Terra, mas com uma pequena oscilação que nos permite ver um pouco mais que a metade, ou 59% da superfície lunar. É a chamada "libração óptica da Lua".


Se hoje ela gira em volta da Terra é porque já girava no passado – a Lua não é um corpo celeste capturado. Em termos de composição, origem e evolução, ela é semelhante a qualquer planeta terrestre.


Foto Lua-Terra:

O que aconteceria se não tivessémos Lua
Sombra e dias curtos
SEM A LUA NÃO HAVERIA ECLIPSES, embora isso não pareça ter implicações muito sérias; e além disso saberíamos do que se tratam, pois eclipses também ocorrem entre os satélites de Júpiter, por exemplo.

Porém, sem a Lua as noites teriam uma iluminação uniforme, já que exceto pelas luzes das cidades é a luz do luar que faz a noite clara. Isso já traria algumas implicações na evolução das espécies.

Predadores noturnos levam vantagem.Basta lembrar que o nosso medo natural do escuro vem do fato de não conseguirmos enxergar bem com pouca luz, ao contrário de certos animais predadores, que sem o luar teriam vantagem em suas caçadas noturnas.

Sem a Lua, o ciclo das marés também seria diferente. Ainda existiria a alternância entre marés alta e baixa (as marés também são provocadas pela ação gravitacional do Sol), só que em menor intensidade – 70% menor.

As aves migratórias também precisam da Lua.Com menores forças de maré, também seria menor a faixa de areia que é periodicamente coberta pela água do mar, durante a maré alta, e depois exposta ao Sol durante a maré baixa. Acontece que essa faixa de areia é habitada por uma grande diversidade de seres, importantes não somente para a vida marinha, mas também para diversas espécies de aves migratórias, que deles se alimentam.

Diariamente ocorrem duas marés altas (ou preamares)
e duas marés baixas na Terra. Este ciclo é um efeito
conjunto da força gravitacional do Sol e da Lua.

Sem a Lua, os dias na Terra seriam mais curtos – estima-se algo em torno de 18 horas – pois as forças de maré reduzem a rotação do planeta, alongando o dia.

É fácil de entender: tais forças agem igualmente nas partes sólidas e fluídas do planeta, mas sua ação nos líquidos é mais evidente. Assim, ao "puxar" os oceanos friccionando-os contra a crosta sólida, duas vezes por dia e por bilhões de anos, pouco a pouco diminuiu a velocidade de rotação da Terra – aumentando a duração do dia.
A lua:

Supernovas


Supernova de Kepler

Supernova é o nome dado aos corpos celestes surgidos após as explosões de estrelas (estimativa) com mais de 10 massas solares, que produzem objetos extremamente brilhantes, os quais declinam até se tornarem invisíveis, passadas algumas semanas ou meses. Em apenas alguns dias o seu brilho pode intensificar-se em 1 bilhão de vezes a partir de seu estado original, tornando a estrela tão brilhante quanto uma galáxia, mas, com o passar do tempo, sua temperatura e brilho diminuem até chegarem a um grau inferior aos primeiros.

Uma supernova possui todos os elementos da tabela periódica, consequentemente pode causar a extinção dos seres da Terra, mas também pode gerar vida.

A explosão de uma supernova pode expulsar para o espaço até 90% da matéria de uma estrela. O núcleo remanescente tem massa superior a 1,5 Massas solares, a Pressão de Degenerescência dos elétrons não é mais suficiente para manter o núcleo estável; então os elétrons colapsam com o núcleo, chocando-se com os prótons, originando nêutrons: o resultado é uma estrela composta de nêutrons, com aproximadamente 15 km de diametro e extremamente densa, conhecida como estrela de nêutrons ou Pulsar. Mas, quando a massa desse núcleo ultrapassa 3 massas solares, nem mesmo a Pressão de Degenerescência dos neutrons consegue manter o núcleo; então a estrela continua a se colapsar, dando origem a uma singularidade no espaço-tempo, conhecida como Buraco Negro, cuja Velocidade de Escape é um pouco maior do que a velocidade da luz.
Importância

Das ocorrências astronômicas, talvez essa seja a mais importante para a moderna ciência. A explosão de uma supernova emite uma luz milhares de vezes mais forte que a normal; é nesse momento que uma intensa onda de luz, em torno dela, se distanciará e, como num tsunami, formar-se-á uma lâmina de radiação cósmica que varrerá o espaço, iluminando o material inter-espacial "até então invisível aos instrumentos" e, dependendo da sensibilidade das lentes dos modernos telescópios espaciais, o rastro dessas lâminas poderá ser monitorado durante séculos.

São utilizadas como velas-padrão para estudos da expansão do universo, técnica similar à utilizada por Edwin Hubble com cefeidas, mas, com eficiência muito maior, pois o brilho das Supernovas é bem maior.
Ocorrência e catalogação

Por ser um fenômeno relativamente raro em uma galáxia, as supernovas são catalogadas, segundo o ano e a ordem da ocorrência, às vezes imediatamente quando a lâmina de luz chega à Terra, como foi o caso da supernova descoberta em fevereiro de 1987, denominada SN 1987A. Se descobrirem outra (em arquivos fotográficos), adquire o nome de Sn 1987 B. Como, até agora, em nenhuma chapa fotográfica fez-se registro de igual ocorrência naquele ano, quer nessa ou em outra galáxia, fica dispensada a letra A. De modo que, em nossa própria galáxia, só foram observadas, até agora, apenas 3 supernovas: em 1054, 1572, 1604, as quais, devido à data, não foram bem estudadas. E, além destas três, parecem ter sido cerca de 11 as supernovas que explodiram na Via Láctea nos últimos 20.000 anos, sempre em locais inobserváveis devido à poeira interestelar.

A supernova SN 1987A, ocorrida na galáxia satélite da Via Láctea chamada Grande Nuvem de Magalhães, foi a explosão estelar recente mais próxima da Terra, de modo que que pôde ser estudada com equipamentos modernos.
Supernova 1987

Diante desses números e o observado em todo o universo, calcula-se que ocorram, em média, 3 supernovas por milênio, em cada lado de galáxia (só vemos um lado) que tenha 200.000.000.000 de estrelas. Comparando com o número de estrelas que formam uma galáxia, os cosmólogos podem estimar alguns valores, como a idade das galáxias ou, se quiserem, a idade do universo observável. Compare-se esse número com a média de 30.000 novas comuns no mesmo período. Ou seja, para cada 10.000 novas, há uma supernova.

Partindo do pressuposto que ocorram 3 supernovas por milênio em nossa galaxia e, considerando que a idade da Via Láctea seja de 15 a 20 bilhões de anos, matematicamente podem ter ocorrido cerca de 45 a 60 milhões de explosões de supernovas em nossa própria galáxia.
Tipos atuais
Tipo Ia


Supernova tipo Ia

Há vários meios pelo quais uma supernova desse tipo pode se formar, mas eles compartilham um mecanismo interno comum. Se uma anã branca de carbono-oxigênio agregar bastante matéria para alcançar o limite de Chandrasekhar, de cerca de 1.38 massas solares(para uma estrela que não gire), ela poderá não ser mais capaz de suportar a carga do seu plasma, através da pressão de degeneração eletrônica, e entrar em colapso por isto. Contudo, a visão atual do fenômeno é que este limite não é normalmente atingido; aumentando a temperatura e a densidade no interior do núcleo detonando a fusão carbono quando a estrela aproxima deste limite (em cerca de 1%) antes do colapso ter iniciado.Em poucos segundos, uma fração substancial da matéria da anã branca é consumida pela fusão nuclear, liberando bastante energia (1–2 × 1044 joules). Uma onda de choque, expandindo-se externamente, é gerada, com a matéria atingindo velocidades da ordem de 5,000–20,000 km/s ou, aproximadamente, 3% da velocidade da luz. Haverá, também, um aumento significativo da luminosidade, alcançando uma magnitude absoluta de -19.3 (ou 5 bilhões de vezes mais brilhante do que o Sol), com pequenas variações.
Tipo Ib e Ic

Supernova do tipo Ib e Ic

SN 2008D, uma supernova do tipo Ib, mostrada no espectro de X-ray (a esquerda) e em luz visivel (a direita). foto da NASA.

Estes eventos, tais como supernovas do Tipo II, são provavelmente estrelas massivas esgotadas de combustíveis em seus centros; contudo, os progenitores dos Tipos Ib e Ic perderam a maior parte de seu envoltório externo de hidrogênio, devido a seu forte vento solar ou devido à interação com uma companheira.Supernovas do tipos Ib são tidas como resultantes do colapso de uma maciça estrela Wolf-Rayet. Existem algumas evidências de que uma pequena percentagem das supernovas do tipo&nsp;Ic podem ser a fonte de erupção de raios gama.
Simulação de uma supernova feita pela NASA:

Explosão de supernova feita pelo telescópio Hubble

Buraco negro supermassivo

Buraco negro supermassivo






Um buraco negro supermassivo é uma classe de buracos negros encontrados principalmente no centro das galáxias. Ao contrário dos buracos negros estelares que são originados a partir da evolução de estrelas massivas, os buracos negros supermassivos foram formados por imensas nuvens de gás ou por aglomerados de milhões de estrelas que colapsaram sobre a sua própria gravidade quando o universo ainda era bem mais jovem e denso.

Os buracos negros supermassivos possuem uma massa milhões ou até bilhões de vezes maiores que a massa do Sol. O mais impressionante é que a maioria dos buracos negros supermassivos já catalogados estão em forte atividade, ou seja, continuam atraindo matéria para si, aumentando ainda mais a sua massa.
Formação

Existem vários modelos para a formação de buracos negros deste tamanho. O mais óbvio é o lento acréscimo de matéria, começando de um buraco negro de um tamanho estelar. Outro modelo de formação de um buraco negro supermassivo envolve uma grande nuvem de gás colapsando com uma estrela relativa de talvez cem mil massas solares ou mais. A estrela então se tornaria instável à perturbações radiais devido ao par de elétron-pósitron produzido neste evento, e deve colapsar diretamente em um buraco negro sem uma explosão Supernova, o que poderia ejetar a maior parte de sua massa e impedir de deixar um buraco negro remanescente. Ainda há outro modelo de explosão, que envolve um denso aglomerado de estrelas indo ao colapso enquanto a capacidade de calor negativa do sistema se leva a velocidade de dispersão no centro a velocidades relativas. Finalmente, buracos negros primordiais devem ter sido produzidos diretamente da pressão externa nos primeiros instantes depois do Big Bang. A dificuldade em formar um buraco negro supermassivo se dá à necessidade de matéria suficiente para estar em um pequeno e suficiente volume. Esta matéria precisa ter um momento angular muito pequeno para que isto aconteça. Normalmente o processo de crescimento envolve o transporte de uma grande doação inicial de um momento angular exteriormente, e isto parece ser o fator limite no crescimento de um buraco negro, e explica a formação de discos de acrescimento. Atualmente, parece haver um vácuo observado na distribuição de massa de buracos negros. Há buracos negros de massa estelar, gerados de estrelas em colapso, que chega a talvez 33 massas solares. O mínimo buraco negro supermassivo está na média de 100.000 massas solares. Entre estes dois casos, há uma falta de buracos negros de massa intermediária. Tal vácuo sugeriria qualitativamente diferentes processos de formação. Entretanto, alguns modelos sugerem que fontes de raios X ultraluminosas podem ser buracos negros desse grupos.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Vênus pode ter sido habitável, assim como a Terra




Imagem em ultravioleta registrada pela espaçonave Venus Express mostra diferentes contrastes nas nuvens de Vênus. Novos dados obtidos pela missão reforçam a hipótese de que Vênus pode ter sido habitável. Foto: ESA/MPS/DLR/IDA/Divulgação

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) afirma que registros feitos pela missão Venus Express indicam que o planeta vizinho pode ter sido habitável, assim como a Terra. Hoje, os dois são muito diferentes, sendo que Vênus tem uma superfície com temperaturas comparáveis a um forno de cozinha. Contudo, a agência diz que há impressionantes similaridades entre os planetas.

Segundo a ESA, os dois têm, por exemplo, tamanhos parecidos. "A composição básica de Vênus e da Terra é muito similar", diz Håkan Svedhem, cientista do projeto Express. Uma conferência em Aussois, na França, vai discutir o quanto realmente são parecidos os dois mundos.

Contudo, uma diferença fundamental permanece entre os dois: Vênus tem pouquíssima água se comparado com a Terra, onde os oceanos se estendem pela superfície e atingem quilômetros de profundidade. De acordo com a ESA, se a água em vapor do planeta vizinho for condensada e formar um oceano, ele atingiria cerca de 3 cm de profundidade.

Por outro lado, há bilhões de anos, Vênus provavelmente teve muito mais água e a Express indica que o planeta perdeu uma grande quantidade para o espaço. Ainda segundo a agência, a perda ocorreu devido à radiação ultravioleta do Sol que dividiu as moléculas de água, separando seus dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, os quais escaparam para o espaço.

A espaçonave mediu a "fuga" desses átomos e indicou que a saída de hidrogênio é o dobro da de oxigênio. A ESA afirma que um modelo de computador do professor Eric Chassefière, da Universidade de Paris Sul, na França, indicou que a água estava presente em grande quantidade no planeta apenas no início da sua existência, quando sua superfície ainda estava derretida, e apenas na atmosfera. Na época em que a temperatura caiu, possibilitando a solidificação da superfície e a que a água ficasse em estado líquido, as moléculas de água começaram a ser quebradas pela ação do Sol, o que descartaria a possibilidade de Vênus ter tido um oceano.

Por outro lado, a agência afirma que o modelo de Chassefière é difícil de ser testado e, além disso, existe a possibilidade de mais água ter chegado ao planeta por cometas após a solidificação da superfície, ficando em estado líquido e em quantidade suficiente para criar vida.

A ESA diz ainda que há muitas questões a serem respondidas. "Um modelo muito mais completo dos sistema atmosférico e do oceano de magma e sua evolução é necessário para entender melhor a evolução do jovem Vênus", diz Chassefière.





Fonte:CASF(Clube de Astronomia de Fortaleza)

Aldebaran

Para aqueles que são facinados pelos mistérios do universo.